sexta-feira, novembro 16, 2007


Tendência é tendência

Passada a era das chacotas master, onde as guitarras rolavam soltas e as batidas abafadas reuniam fanfarrões nas caixas de som, e passada a fase prog, a nova tendência do cenário eletrônico atual na notória cidade de Ribeirão Preto (onde resido por sinal) é o minimal.
Para quem saiu do movimento eletrônico da cidade e voltou agora, nota-se incomensurável diferença. É, a diferença é grande.
No entanto, o público parece ter reagido e se adaptado bem com as batidas vagarosas de estilo mais techno.
Lembro-me que antigamente a multidão gritava "urru" quando o DJ anunciava uma chacota; boas épocas de "Seek and Destroy", mil anos... no fim da festa o corpo moído de tanto pular como macaco, afrontava deliciosamente o chuveiro e depois cama.
O minimal não me proporciona isso. É muito detalhista e pouco explosivo. Retém energias, e talvez por isso que de certa forma pertença e elite do mundo eletrônico. Pessoas bem comportadas as da elite.
Como é possível enfrentar as loucuras consequentes da festa e depois descansar e durmir? Não. Não é possível descansar. A cabeça pede mais.
Que fique bem claro uma coisa: não estou dizendo não aprecia-lo. Estou afirmando que o estilo condiz com um chilli out, um pufe bem grandão, pessoas agradáveis e uma bebidinha bem gostosa.
Festa festa, de porte médio grande tem que impulsionar. Para que no fim dela, o convidado possa ir para casa quebrado e descansar satisfeito.
Mas como se trata da minha opinião, é inocência minha relutar e até refletir
sobre a tendência minimal, pois eu creio que logo haverá alguma que a substitua, assim como vem acontecendo há certo tempo. É o ciclo.
Mas nunca haverá alguma tendência que substitua para mim, a era das chacotas dos fritos banais, dos fanfarrões e das pessoas que apesar de descomportadas, eram desprendidas de PREconceitos e de valores míticos.

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