quinta-feira, agosto 21, 2008

Implicações do Sofrimento

Sofrimento é uma palavra que envolve vários verbos. Tolerar, suportar, agüentar. Admitir, permitir, consentir. Diz que sofre, aquele que é vítima de, experimenta ou passa por alguma situação desagradável. Sente dor física ou moral. Experimenta prejuízos; decai, declina. Padece com paciência. Sacrifica-se. Reprime-se.
Mas sofrimento é um sentimento muito delicado. Muito mais do que qualquer verbo possa definir.
Quando sofro, sofro porque penso. Sofro porque lembro. Sofro porque houve mal.
Sofro pelo passado brilhante, sofro pelo passado caótico. Pelo futuro incerto.
Sofrer envolve mais verbos. Envolve doar, perecer, chorar.
Envolve meu corpo e minha alma. Envolve minhas artérias, meu cabelo, minha identidade.
Se hoje sofro, é porque embora com final triste, o acontecido foi lindo. Se agora penso, é porque nasci com a dádiva de pensar.
Sofrimento, rima com pensamento. E os meus pensamentos estão se desmoronando, estão acuados, estão longe... Longe de serem os mesmos positivos e alegres, porque agora, só me restaram as pressões e o trabalho.
Sofrimento, quando lhe falta alegria, motivação.
Sofrimento maior do que o parto. Maior do que de tatuagem. Porque sofrimento é uma dor maior. Uma amputação da alma; como se lhe arrancassem um pedaço imprescindível dela, o qual não permite que você viva mais como antes.
Porque o pensamento vai longe, e o meu está por aí... inclusive acho que os perdi, embaixo de algum livro, ou dentro de uma garrafa de mau humor.
Meu sofrimento me faz preguiçosa. Quero deitar e ficar definhando como que em estado terminal.
Não me deixa, me desanima, desatina, não tolera... qualquer manifestação de felicidade.
Mas sei que não sou a única a sofrer nessa história. E é isso que me faz sofrer ainda mais.

quarta-feira, agosto 20, 2008

LIBERDADE DE IMPRENSA – Trecho do discurso proferido no Senado Federal por Machado de Assis em 11 de novembro de 1914.

"A mesma imprensa, que, livre para os que me acometem, é, igualmente, livre para os que me defendem. Necessário será sempre que as duas liberdades coexistam, a maligna e a benfazeja, porque é mister que a do mal sirva de estímulo à do bem. Porque, opostas restrições à liberdade ampla de manifestação do pensamento, não é a liberdade honesta a que prevalecerá: é a liberdade, sempre cara ao poder, a liberdade, o privilégio, o monopólio dos aduladores, dos mercenários, dos réptis.
(...)
Em toda a parte a imprensa tem a sua Saburra.
Não há sociedade sem prostituição.
(...)
Deixai a imprensa com as suas virtudes e seus vícios.
Os seus vícios encontrarão corretivos nas suas virtudes".

MANUEL ALCEU AFFONSO FERREIRA – Trecho do prefácio de "A Imprensa e o dever da verdade" de Rui Barbosa publicado em 2004.

"Ora, sabemos nós, esses vícios permanecem. Certamente não com a antiga desfaçatez, mas maquiados. Não só mais as verbas publicitárias distribuídas às escâncaras, nem principalmente elas. Providenciou-se a substituição pelos financiamentos estatais quitados com o apoio político, pelas anistias tributárias que pagam o noticiário laudatório, pelos incentivos concentradores da atividade jornalística a grupos monopolistas; enfim, pelas mil e uma artimanhas de que é capaz a engenhosidade dessa eficiente parceria entre alguns maus jornalistas e agentes políticos".

terça-feira, agosto 19, 2008

É engraçado, a maioria dos brasileiros não debatem com tanta ênfase a questão da criminalidade e da falta de eduação em sau país.
Não vão a luta para modificar o que lhes incomoda.
As vezes são comparsas da corrupção, mas não admitem a corrupção alheia.
Criticam, criticam mas na hora do vamos ver: nada!
Não estão nem aí com questões ambientais, mas acham lindo o vídeo da menina quer parou o mundo do YouTube.

No entanto, quando o Brasil perde o jogo de 3 a 0 pra Argentina, não mudam de assunto, e admitem que é uma vergonha.
Com tantas outras vergonhas, perder pra Argentina é só um prévia da situação em que até o futebol anda cindo pelas tabelas!

sexta-feira, agosto 15, 2008

Uma Semana

Hoje faz uma semana, em que não tenho na cama, meu lindo, lindo meu...
Uma semana que não como direito, com uma sensação desgraçada no peito, de quem ganhou mas perdeu.
De horas intermináveis, de lembranças incansáveis, de rezar pro tempo voltar.
Mas a semana não volta e continua essa revolta, o jeito agora é mudar.
Se o relógio colaborasse e seu tempo fizesse voltar, correria atrás do dano.
Faria qualquer coisa agora, pra continuar amanhã com quem amo...

segunda-feira, agosto 11, 2008

Saudades dos meus oito anos

Querem saber como eu era quando eu tinha oito anos? Ah, eu era super tímida; toda criançada brincando na rua e eu dentro de casa lendo... magricela, credo, gambitos horrorosos e minha mãe só deixou eu depilar as pernas muito tarde sabem? Então, imaginem que desastre! Hahaha... feiosa que dói! Ninguém queria ficar comigo alguns anos depois, as outras eram o auge da belezinha, e eu sempre de lado, com meus óculos muito criativos (obra de mamãe).
E cdf no toco. Tá, eu não gostava muito de matemática, talvez por minha mãe ter se formado em matemática, e eu desde pequena muito as avessas dela... tipo ela rock and roll e eu mpb sabe? Mas então, eu pedia sempre tarefas a mais, (teve uma vez que eu pedi lição de casa pra fazer em casa por um mês adiantado!). Mas quer saber? Como eu era feliz!
Comia pacotes e pacotes de bolacha, nossa, como eu adorava bolacha... e continuava magrinha... alguém se lembra dos lanchinhos Mirabel? Hummmmm, adorava!!! Aos montes... minha avó me dava dois reais todo dia pra eu comer na escola, e sempre dizia:
- Anandha, com esse dinheiro dá pra comprar dois quilos de frango! – e dava risada...
Era muito bom, épocas em que o maior problema era quando o pacote de bolacha acabava. Assistia Pica Pau e o Chaves, ficava em transe. Uma loucura. Era uma transe expontânea, sem auxilio de nada que hoje existe na minha vida, como compras, álcool, cigarros, massas...
Eu era feliz naquela época, e sabia. Pois aproveitei o máximo. Mas passou, assim como meu dente que eu quebrei no parquinho cresceu, eu depilei minhas pernas, fiquei “mocinha”, me tornei uma pseudo-alcoolatra bonita... agora eu tenho problemas de verdade. Crises existenciais, tendências suicida, e mais milhares de pragas modernas. Ah, e o frango subiu de preço também.
Tenho saudades dos meus oito anos, e gostaria que eles voltassem e congelassem. Tenho saudade de como eu era tratada, como uma pessoinha normal. Tenho saudade de ser criança, no melhor estágio da vida. Os oito anos. Eu não posso negar que existem problemas piores que os meus, mas só posso sentir saudade daquele ano de 1992, quando eu tinha oito anos. Eu era feia, magricela, cdf, mas amava ser assim. Quisera eu hoje, trocar qualquer coisa que valha a pena na minha vida por somente mais um dia com oito anos.
Saudades...

domingo, agosto 10, 2008

Papai Noel não existe

Eu sempre soube que ficaria sozinha. Por isso se explique talvez minha obsessão por personagens encalhadas.
Sempre soube, que meu destino seria um psiquiatra e uma cartela de antidepressivos. Uma carreira mediana, um cachorro e uma xícara de café.
Quem sabe, se as inúmeras tentativas da minha vida em arrumar alguém, e seus fracassos, só não foram um sinal de que é assim mesmo que seria.
Não, não estou triste com isso. Talvez um pouco melancólica, pois quando acho que finalmente eu encontro alguém, eu o afasto com minha loucura.
Sim, eu não mereço ninguém. Não sou boa suficiente, para dividir uma vida. Posso ser boa em outras coisas, mas em relacionamentos, um fiasco.
Se devo aceitar esse destino? Acho que talvez seja isso que foi arrumado pra mim e talvez seja isso que mereço por ter tido uma vida tão precária.
Só gostaria às vezes de sumir do mapa. Um tiro na cabeça. Enforcada na árvore. Sei lá. Mas essas idéias passam... e voltam.
Devo ficar sempre sozinha para não atrapalhar a vida dos outros. Não devo mais ter esperanças de que um dia realmente irei ter alguém junto comigo. Porque papai Noel não existe.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Eu tinha escrito um post 10, sobre 3 cenas que eu vi nesse fim de semana. Mas infelizmente, essa merda de blogger, apagou todo meu conteúdo e o que deveria estar salvo não está salvo em lugar nenhum. Dessa forma, venho mostar minha indignação com a porcaria de serviço gratuito prestado, mesmo que pela Google. Perdi um ótimo conteúdo por que esse recurso "salvar agora" não vale ABSOLUTAMENTE merda nenhuma.