quinta-feira, dezembro 06, 2007


Vou morrer com esse sentimento abafado.

Que grita escandaloso por dentro, mas que se omite na verdade dos fatos.

Sentimento besta; surgiu na hora errada. Brincando com a pessoa certa, inserindo a pessoa amada.

Loucura só eu sei o que é.

Das paixões doentias, mais uma que se inicia.

Espero sentimento besta, que logo se vá.

Para poder novamente seguir com leveza. Na paz de espírito e insanidade declarada que me condena.

Antes curtir a loucura, do que entristecer por paixão.

sexta-feira, novembro 16, 2007


Tendência é tendência

Passada a era das chacotas master, onde as guitarras rolavam soltas e as batidas abafadas reuniam fanfarrões nas caixas de som, e passada a fase prog, a nova tendência do cenário eletrônico atual na notória cidade de Ribeirão Preto (onde resido por sinal) é o minimal.
Para quem saiu do movimento eletrônico da cidade e voltou agora, nota-se incomensurável diferença. É, a diferença é grande.
No entanto, o público parece ter reagido e se adaptado bem com as batidas vagarosas de estilo mais techno.
Lembro-me que antigamente a multidão gritava "urru" quando o DJ anunciava uma chacota; boas épocas de "Seek and Destroy", mil anos... no fim da festa o corpo moído de tanto pular como macaco, afrontava deliciosamente o chuveiro e depois cama.
O minimal não me proporciona isso. É muito detalhista e pouco explosivo. Retém energias, e talvez por isso que de certa forma pertença e elite do mundo eletrônico. Pessoas bem comportadas as da elite.
Como é possível enfrentar as loucuras consequentes da festa e depois descansar e durmir? Não. Não é possível descansar. A cabeça pede mais.
Que fique bem claro uma coisa: não estou dizendo não aprecia-lo. Estou afirmando que o estilo condiz com um chilli out, um pufe bem grandão, pessoas agradáveis e uma bebidinha bem gostosa.
Festa festa, de porte médio grande tem que impulsionar. Para que no fim dela, o convidado possa ir para casa quebrado e descansar satisfeito.
Mas como se trata da minha opinião, é inocência minha relutar e até refletir
sobre a tendência minimal, pois eu creio que logo haverá alguma que a substitua, assim como vem acontecendo há certo tempo. É o ciclo.
Mas nunca haverá alguma tendência que substitua para mim, a era das chacotas dos fritos banais, dos fanfarrões e das pessoas que apesar de descomportadas, eram desprendidas de PREconceitos e de valores míticos.

quinta-feira, novembro 08, 2007


Não consigo mais escrever daquele jeito...
Perdi minha inspiração,
junto com ela foi uma parte de mim
que saltou do peito.

Não consigo mais criar direito...
Perdi meu ânimo, minha emoção,
minha crítica e opinião...

Sendo assim estou vazia,
pra tentar e pra sentir,
eu queria algo impossível,
que foi difícil conseguir.

Chega de tentar rimar a vida,
de tentar combinar as palavras,
de tentar ser alguém que eu não sou.
Chega de gostar do outro,
chega de esconder defeitos...
chega de não fazer nada e fazer tudo.

Estou ocupada, agora não posso atender.
Me chame mais tarde quando eu acordar.

quinta-feira, outubro 18, 2007


CAMINHOS


Eu poderia ter optado por um caminho mais difícil e doloroso; mas resolvi optar por um caminho fácil que me levou a dor.

Criar atalhos não foi a melhor opção que eu poderia ter escolhido, mas a vida soube contornar a minha realidade para que eu pudesse enxergar que nem sempre o caminho mais fácil é o que leva para o bem, o meu bem, a minha felicidade.

No caminho mais fácil eu não aprendi muita coisa, mas pude vivencia-las a ponto de poder julgar muitas experiências.

Pelo caminho difícil aprendi que não se pode investir em algo que realmente não lhe interessa, mas lhe convém.

Contudo, no caminho mais fácil eu desfrutei de sentimentos bondosos, que no caminho difícil foram substituídos por dor e lágrimas.

Hoje, na completa solidão, morrendo aos poucos por dentro por não me sentir alguém capaz de se controlar inteiramente, penso que seria melhor se eu tivesse continuado a seguir o caminho mais difícil pois hoje estaria curada. Mas como optei pelo caminho fácil, hoje estou com feridas abertas.

Sei que as pessoas julgam, mas não procuram saber da grande verdade que me atormenta.

Sei o que as pessoas dizem, mas não estão a altura para dizerem que nunca cometeram erros.

Sei que as pessoas preferem lembrar dos defeitos, porque as qualidades incomodam.

Sei que que as pessoas têm argumentos medianos para analisar a minha situação.

Sei que as pessoas não sabem desenvolver sua criatividade em prol de boas causas.

Sei que as pessoas são tão pessoas quanto eu.


E eu? Eu sou Anandha Lo Giudice Correia, e tenho orgulho de admitir ao mundo que eu erro constantemente, mas de alguma forma procuro corrigir meus erros comigo mesma, para que eu possa usar argumentos cabíveis antes de um julgamento.

sexta-feira, setembro 14, 2007

CANSAÇO
Existem pessoas as quais seriam melhor nem ter conhecido. Ou situaçoes que nao deveriam ter sido vividas.
As pessoas reclamam diariamente da corrupçao, mas diariamente cometem atos corruptos com aqueles que se julgam "amigos".
reConhecer as pessoas é muito difiÌcil. Na hora do aperto, elas sonegam. Na hora em que estao apertadas fazem campanha.
Plenamente estou cansada de várias coisas, e o que rege todo meu cansaço é a falta de reconhecimento.
Na faculdade, cansei de "tentar" ser boa aluna e quando precisei alguma coisa: NADA.
Na vida íntima, com certos colegas que se dizem amigos, cansei de dar ombro, ouvido, cabeça e coraçao. Cansei de favorecer e ser desfavorecida; e quando digo tudo isso é referente a sentimento. Cansei.
Talvez se eu sumir ninguém se lembre. Ou talvez se lembrem por algum ponto fraco... afinal quem È que lembra mesmo da felicidade na hora do aperto? Na hora do julgamento e na hora da hipocrisia?
Cansei de tentar estar entre alguns e me ver longe de todos os que mais gosto. Cansei de ser antiga e perder para os novos.
Estou cansada mais disposta. Pois a minha disposiçao vem do único ser que me reconhece: eu mesma. Isso pode parecer até depressivo, mas nao. Nao estou em depresao. Muito menos triste. Estou apenas cansada mas disposta a mudar completamente e fazer com que alguém tirando eu mesma, me reconheça e saiba valorizar alguém que apesar de tudo sempre foi feliz sendo o que È.
E aí voce pensa ou se pergunta: ela vai mudar para agradar os outros? E eu respondo naaao! Vou mudar completamente e esquecer COMPLETAMENTE TUDO o que passou, inclusive as pessoas, os lugares e as lembranças por mim; quem sabe assim eu paro de me cansar e volte a caminhar sem perder o folego. Vou emancipar meu mal de "alzheimer", e esquecer o pretérito presente imperfeito, para que assim eu possa construir um presente pretérito perfeito, onde eu tente, ser feliz mesmo sem saber se isso ser possível.

terça-feira, agosto 28, 2007

1,99, despudor e falta de bom senso


Bons tempos aqueles meus, que chegava na festa, via gente bonita e alegria sem falsificações. Mas não. Ao contrário, chego num lugar, que por sinal o tempo também ajudou a não favorecer (umidade relativa do ar a 20%). Muita terra. Muio horror. Muito assalto - literalmente.
Lacraia, botina do Chico Bento, bundas, celulite. Até aí tudo bem. O convite foi de graça pra geral mesmo. Eu aceito as condições.
No caminho para a entrada se nota: o convite que custou para uns 40 merréis, pode ter custado 5 conto para outros e nada para a maioria.
Estacionamento valia mais que dez convites juntos. Tudo bem vai, o que se espera é no mínimo qualidade. Mas ter que desembolsar 4 pilas em uma garrafinha de água, e se não pior, enfrentar fila, para usar a única torneira naquele ambiente cheio de terra, tosse, calor e sol é um crime. Crime mesmo. Porrada no peito. Chute no saco.
Falta de educação? Não. Falta de bom senso. Falta de educação é ver mulher feita quase pelada, exalando vulgaridade a torto e a direita.
No meio dos "assaltos" formados, foi só escurecer, que assaltos de verdade foram virando ao longo da festa. Uma mochila, um óculos, uma pochete... que isso... pouca coisa. Falta de escrúpulos.
Eis algo que salvou: o live da Dali. Graças a Deus. Ao bom Deus. Alguma coisa tinha que ter qualidade num meio de tanta excentricidade.
Bom era o meu tempo que eu ia e voltava da festa. E ficava um mês lembrando da Rave com a maior TERNURA. Dos bons momentos, risadas, abraços sem malícia, novas amizades... valores que foram perdidos junto com a tal da falta de bom senso.
Mas tudo tem de ser relevado. Afinal em festa que o convite mal vale 1,99, tudo pode acontecer.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Fato é fato. Melhor encará-los.
Melhor encararmos os fatos.
Os fatos. Olfatos. Ou fatos.

Ah os fatos. Tão fatídicos.
Fatos ruins na maioria do tempo.
Fatos bons no tempo que sobra.

Melhor ser fato?
Melhor dar fato?
Melhor dar de fato?
Melhor esquecer os fatos?

Oh! Melhor encarar os fatos
Encare-os.
Devore-os.
Divida-os.
Esconda-os.
Esmague-os.

Fatos são apenas fatos.

sexta-feira, agosto 17, 2007



Minha batucada





É esse o tipo de gente que nasceu, pra sorrir falso, dar abraço e depois dizer "não fui eu".





Quer desgraçar a vida alheia, porque ainda não encontrou motivo pra ser feliz sozinho. Tem dinheiro, carro, moto e namorada, mas gosta mesmo é dum "fuxiquinho"...





Mas eu, meu Deus, justo eu! Alvo desse tipo de canália porque sou feliz! Encho a cara, entorto o copo, danço e faço barraco, viro assunto no diz que me diz!





Que esse tipo que me desculpe, mas eu nasci para viver. Enquanto escrevem minha vida pois não têm o que fazer...





Eu me despeço, e homenageio, eu tiro onda com babaca. Quero mais um chocolate, uma pinguinha e uma faca. O chocolate eu vou comer, a pinguinha eu vou beber, e a faca? Com a faca eu ainda não sei o que fazer.








a todos os "fuxiqueiros" que não se sabe ainda porque perdem tanto tempo cuidando da minha vida



Mudando de Assunto...


Na minha andança por imagens para ilustrar esse blos simpático, achei um site muito bom!


Vale a pena conferir!


http://www.pisenagrama.com/parecepiada.htm

terça-feira, agosto 14, 2007

Sobre menina e ônibus

Como se fosse um diário hoje escrevo. Meu dia começou cedo hoje milagrosamente pelo fato acadêmico. Como fotógrafa do jornal-laboratório Jornal do Ônibus lá fui eu tirar minhas fotos.
Comecei pela feira passando por uma loja vejetariana e por fim a mais difícil das fotos.
Assim, não que seja difícil em seu sentido litaral, mas digamos a mais cansativa; pois se tratava de esperar um ônibus que tivesse tv. É, alguns ônibus em Ribeirão tem tv.
Lá estava eu, totalmente portuguesa, esperando uma única linha quando um fato que eu misteriosamente havia me esqucido aconteceu. Como as pessoas nessa cidade podem ser solidárias.
Um desse mocinhos que compram e vendem bilhete perguntou-me com um rosto sorridente:
- Nossa moça, que ônibus você vai pegar? Te vejo andando de um lado pro outro...
Eu na minha mais gentileza respondi:
- Vixi cara, preciso pegar um ônibus com tv...
E sentei no ponto.
Gentilmente, ele veio e me perguntou novemente:
- Porque você precisa pegar um ônibus com tv?
E eu mais uma vez gentilmente respondi:
- Então, preciso fotografar pro jornal da minha faculdade e tals...
Ele então arrematou com um belo sorriso:
- Moça, será melhor você ir no ponto ali embaixo, você pode pegar a linha tal, tal e tal. (não convém falar as linhas porque eu esqueci também!)
E nessa hora eu vi que o povo é solidário aos desconhecidos assim como semrpe deve ou deveria ser. Talvez seja o povo a melhor coisa do país, mais infelizmente, não reconhece seu valor diante de tanto esquecimento.
Ua a a!!

segunda-feira, agosto 13, 2007


Nada substitui o poder de te-los nas mãos.
Nenhuma tecnologia substituirá a companhia de um bom e velho livro.
Pois os livros são armas; as únicas armas contra todo o mal que assola o mundo.
Com eles podemos lutar contra os devaneios mundanos, sem que a vista se canse rápido.
Podemos devora-los e nos saciar da fome que nos fazem passar.
Livros são para serem sentidos.
Quando se os tem nas mãos, tem-se inteligência. E quem a tem, arma estratégias para lutar e vencer.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Fotoshop Gripado


Quero me desculpar com meus leitores amados e lhes dizer o motivo da minha indulgência quanto às publicações.
Passei cinco meses baixando o Fotoshop (na minha lenta internet discada) a fim de aprimorar minhas técnicas digitais e tal. Quando finalmente eu consegui terminar a façanha, em meados do começo de julho ou final de junho, instalei, usei e desliguei. Porém, entretanto e todavia, o PC nunca mais religou e o técnico, aquele camarada que não cobra, demorou um bocado para consertá-lo.
Resultado: passei um mês sem internet, perdi tudo, absolutamente tudo, inclusive as fotos da infância da minha Baga (a cã) e 20% da memória.

Maldito Fotoshop gripado.

Enfim, venho dizer que mesmo sem internet, eu escrevi algumas coisinhas no papel que voltarei a publicar assim que eu achar os papéis.

Até mais!!

segunda-feira, julho 02, 2007


.Tolas palavras.


Eu acredito em muita coisa. Acredito no amor, na felicidade, na reciprocidade, no respeito, e em uma infinidade de bons sentimentos.
Infelizmente, a vida não é composta apenas de coisas e sentimentos bacanas. Porque ao mesmo tempo em que eu acredito nas coisas belas, eu acredito muito mais na falsidade, no descomprometimento, no desespero, na luxúria, na cobiça, no ódio, na ganância, e enfim, eu ficaria linhas aqui descrevendo sentimentos ruins, que, diga-se de passagem, só acredito mais porque são eles os mais salientes nas pessoas inclusive eu mesma. Quem nunca odiou, nem que seja aquele político ladrão? Quem nunca cobiçou algo ostentador em uma loja? Quem nunca deixou de fazer algum dever para ver TV? Pois é...
A felicidade, por exemplo, tão difícil de conseguir hoje em dia, é facilmente abalada pela inveja. O amor é afastado pelo ódio. O respeito destruído pela ganância. A reciprocidade apagada pelo egoísmo. Sentimentos que destroem sentimentos, ou humanos que são desumanos?
Por isso é tão fácil acreditar na beleza e na pureza, mas tão difícil vivê-las. É por isso também que os descrentes dizem para não sonhar, porque os sonhos das pessoas, são geralmente os sentimentos mais belos, contudo os mais raros. Se a pessoa não sonha é mais fácil ela não se decepcionar. Sem sonhos, sem risco.
Mas os crentes na arte de viver dizem que a vida vale pelo risco que se corre, e se não entrarmos nessa grande e necessária brincadeira, apenas vermos a vida passar como se fossemos natureza morta. Quem não corre riscos é covarde, dizem eles.
Por isso que eu estou aqui, escrevendo em um momento que tudo pode estar perdido, mas mesmo assim vale a pena tentar, nem que seja assim só; basta que eu tenha energia vital e elétrica ou um bloco e uma caneta. Querendo passar para todos que leiam essas tolas palavras que todos nós merecemos e devemos correr riscos, por mais ou por menos que sejamos.

domingo, julho 01, 2007

Algumas coisas que aconteceram e que vieram até meus pensamentos somenta nesse momento...


foto: Fábio Braga


Momentos mágicos do Nação Zumbi em Ribeirão!

Começando pelo preço: dez mérreis. Som de qualidade a preço popular; é o que falta aqui nessa cidade! Viva o SESC que salva a vida cultural daqui. O lugar: Teatro de Arena, espaço com muito potencial que no entanto, é esquecido pela autoridade local. Casa? Lotada. Foram para mim os melhores 40 minutos do meu ano.

1º momento:
O percussionista arrasou com um solo que temo que poucas pessoas notaram, já que se distraíam com muita fumaça. A cara do evento mesmo: até Du Peixe ressaltou umas quatro vezes ou mais "mas que cheirão hein!". Mas fumaça a parte, voltado ao solo, é nesse tipo de momento que eu agradeço por estar viva. Muito obrigado Toca Ogan, por me levar às alturas com seu solo, que permanecerá em minha memória falha por longa data.

2º momento:
No ultimato do show, quando tudo ia excelentemente bem, e não sabia se podia realmente melhorar, melhorou. A versão reggae quase parando de A Praiera foi meu segundo momento. Parada, com os pés fincados no chão, a música e eu formamos um círculo no qual todos os movimentos foram perfeitos. Lindo.

Quando acabou, acabou. Mas ficou um belo exemplo de show bom, barato, e melhor de tudo mágico.

"No caminho é que se vê. A praia melhor pra ficar.Tenho a hora certa pra beber: Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor"



Mudando de pato pra ganso, eu penso...


Mulheres e suas crises amorosas. Uma não têm a atenção que merece. Outra não quer atenção. Outra não merece atenção. Atenção. Umas choram, outras riem. Umas amam, outras brincam. Umas querem, outras não. Uma não está satisfeita com o que tem. Outra, não está satisfeita com nada. Outra é de acordo satisfeita.


Mulheres serão sempre batalhadoras por atenção, carinho, demonstrações, principalmente, de humanidade. Querem isso pra ontem. Pois todas, absolutamente todas, se indagam todo dia e toda noite, onde está o respeito que merecem, quando lutam por isso e o fazem merecer.

Meninas, não chorem por besteiras. Homens são grandes besteiras. Besteiras quais não conseguimos viver sem, mas no entanto, nos fazem fazer loucuras, seja quais forem e seus porquês. Seja qual hoemem for. O que temos. O que queremos. O que não quermos. O que amamos. E por consequência, as vezes odiamos.

Amores. Amadas. Amados. Amandos. À mandos. Mandados. Prisão.

Finalizando, descobri ontem, que eu não sei mais rimar, embora um dia, já havia sabido. Isso é muito triste, principalmente quando você pede numa roda de violão, achando que ainda sabe, e descobre junto com mais pessoas que não sabe mais. Deprimente e vergonhoso.

sábado, junho 16, 2007


Muito cuidado com o teflon


Almoço do dia de folga. Desejo? Ravioli. Supermercado? Gimenes.

Tudo pronto para umna bela massa da nona feita pelo nipote (neto).

A receita? Simples: abra com delicadeza o molho de tomate semi pronto e coloque-o na panela em fogo baixo. Enquanto isso, refoque 200 gramas de bacon, azeitonas, cebola, jogue uma mostardinha e uma pimentinha e quando tudo estiver beeeeeem frito, jogue o molho semi pronto.

Ufa! Viva a comida industrial, só minha avó tem paciencia de produzir molho fresquinho com tomates italianos cortados e batidos na hora.

Cozinhe o macarrão, o ravioli no caso, por 4 minutos para não virar grude, depois jogue-o no molho e pronto!

Agora vem a parte mais difícil: se servir!

Se servir parece fácil né? Mas segundo um cara fresco não é! Se a colher for de inox, uma coisa você tem que saber: MUITO CUIDADO COM O TEFLON!

Afinal, ele tem que durar, pelo menos na casa da família dele, mais uns dez anos!

Então, MUITO CUIDADO COM O TEFLON!

segunda-feira, junho 11, 2007


Dia dos caolhos do olho direito

Na maior parte dos lugares onde o dia dos namorados é comemorado, é comemorado em fevereiro no dia 14. A data que existe desde o século 19, foi introduzida no Brasil na década de cinqüenta adivinhem por quem? Por um publicitário, claro. Só podia ser.

João Doria, o publicitário, criou um slogan de apelo comercial que dizia: “não é só com beijos que se prova o amor”. É claro, sr. Doria! Uma bela prova de amor seria também um lindo Cross Fox na minha garagem, e de quebra um chocolatinho da Compenhagem pra dar uma adocicada no impacto e na emoção. Quem sabe um jantar no Coxilha dos Pampas, com um vinho fino e uma noite de amor do Savana também não cairiam nada mal, claro que vestida em um vestido de seda, também prova de amor, muito amor.


Diz-se que é provável que o dia 12 de junho tenha sido a data escolhida porque representa uma época pobre em festas comemorativas que alavanquem as vendas do comércio de presentes. A idéia funcionou tão bem para os comerciantes que, desde aquela época, o Brasil inteiro comemora anualmente a data.


Então aqui no Brasil é assim: lucrou virou feriado, virou data! Eu estranho ainda que não tenham inventado o dia dos caolhos do olho direito... o que é uma pena, visto que os caolhos do olho direito representam 0,5% da população brasileira. Como eles ficariam contentes em ter um dia só pra eles, e nesse dia as óticas lucrariam uma taxa per capita de 2,9%. Um slogan bacana seria: “Veja a vida com outros olhos”.


Bom, mas voltando ao que interessa e enquanto não inventam mais data legais, vale a pena dizer que João Doria tinha por trás do seu coração gelado de publicitário uma boa intenção. A de criar o equivalente brasileiro ao Valentine's Day - o Dia dos Namorados - comemorado nos Estados Unidos em fevereiro.
São Valentino foi um padre martirizado em Roma, no ano 270 d.C. A ligação de seu nome aos namorados deve-se ao fato de a data coincidir com o dia de um antigo Festival da Fertilidade. O evento, uma festa pagã, era realizado na Antiga Roma. Lá, dedicava-se o dia aos deuses Lupercus e Juno, protetores dos casais. A troca de presentes entre os namorados já era um hábito naquele tempo.


Muita ironia São Valentino, ser padre. Coitado! Pra quem ele dava presente nessa data? E pior: São Valentino já ganhou presente de alguém nesse dia?


O que eu acho é que graças a tecnologia, hoje se pôde constatar o óbvio: o dia dos namorados assim como o dia de muitos e muitas, foi criado diretamente para aumentar o ciclo do capitalismo já nos anos 50. Hoje, graças a João Doria, os shoppings estão em polvorosa, cobertos de corações vermelhos e tranqueiras vermelhas. Contudo, o respeito, a lealdade e por que não dizer o amor, ficaram esquecidos na gaveta de presentes antigos e não mais usados, porque amor não enche barriga e nem acrescenta a ostentação.


segunda-feira, junho 04, 2007


Óculos escuros, birita e backstage

O clima realmente estava propício. As nuvens cobriam inteiramente o céu tornando o dia uma manhã cinzenta, mas muito agradável. Mesmo com o tempo bem, mas bem nublado se notavam os milhares de óculos escuros escondendo os rostos feios que por ali passavam.
A temperatura fria não deixava a vodka subir à cabeça. Talvez também fossem os rostos feios, o deslocamento e a falta de beleza alheia. Vodka ali, vodka lá.
Ontem realmente descobri como eStar vip faz a diferença. Eu vivo esse conflito no momento: ao mesmo tempo em que eu amo o espaço vip, ou o odeio. Sim realmente as pessoas são mais bonitas. Mas sóbrias, não são as mais agradáveis. A disputa pela atenção é acirrada, bunda balançando, caras de batom sorrindo sem motivos, muitas etiquetas desfilando corpos moldados, e pouco conteúdo. Mas afinal, se eu quisesse mesmo conteúdo naquele momento, eu estaria ali?
Mas incrivelmente, naquele espaço vip, enquanto o dia ia embora, e a noite chegava, junto com ela chegou algo inexplicável. A birita já havia subido, e junto com alguns pingos de chuva, pingos de loucura abraçaram a geral. Parece que tudo e todos enlouqueceram ao mesmo tempo e uma loucura coletiva tornou pessoas distantes próximas, as próximas telepáticas e a verdade é que tudo foi uma mistura de sei lá o que com um pouco mais.
A noite, quando não havia mais luminosidade, e os batons não faziam mais a menor diferença, não havia “estrelismos”, cada um se destacava pelo o que era, e, todos se uniram em prol da loucura e da felicidade ácida.
A conclusão, é que naquela hora, naquele dia, naquele lugar a noite levou pra todos alguma coisa. Pra mim me fez pensar que nem tudo que reluz é ouro, no fim do arco íris não tem um pote cheio dele (de ouro), mas que ouro compra milhões de garrafas de vodka.
Enfim,alguma coisa faz sentido nessa vida?

quinta-feira, maio 31, 2007

Inverno



Não sei por que as pessoas reclamam tanto do inverno. Principalmente as mulheres.


Cheguei a uma tese e posso sim estar errada. Mas para mim é falta de elegância.


No inverno, na minha opinião a época mais elegante do ano, temos que estar ao mesmo tempo bem agasalhados, confortáveis e legais. Quando eu digo "legais", digo isso para não entrar na questão platônica do bonito e da beleza.


No inverno pesado, os cachecóis envolvem nossos pescoços com sensualidade e as luvas nos relembram a época onde as mulheres não podiam mostrar muito o corpo, tornando-se portanto um mistério para o homem. No inverno aquecido, a criatividade a e imaginação sobre os corpos se torna muito mais elevada e evidente, pois não há corpos semi nus andando pelas ruas, praças, shoppings, faculdades, etc.


Para quem odeia o inverno eu pergunto: já criou um stripp tão sexy quanto no inverno, onde tirando peça por peça lentamente aquece o coração (e tudo o mais) do parceiro?


Acontece que a mostra de corpos junto com o despudoramento tornou o inverno, uma época tão chique, algo tortuoso. As mulheres preferem mostrar tudo de uma vez, com saias de dez centímetros e tops que saltam os seios. Quando poderiam ter no mínino um pouco mais de classe até para se exibir.


Sem falar nas bebidas do inverno: vinho, conhaque... coisas fortes. Têm bebidas mais insinuantes? Se você acha que não experimente tomar um leve porre de conhaque e ir se aquecer com alguém. Do vinho nem preciso comentar a ligação com o deus Baco, que por sinal, além de ser o deus da bebida é também o deus das orgias. No verão você toma qualquer bebida e logo está pingando de suor. Aliás TUDO o que se faz no calor, se sua como doido.


Quem sabe representar no inverno, nem precisa andar "pelado" no verão. O inverno é extremamente sensual, pense nisso e aproveite uma fogueira seguida de um bom chocolate quente.




quarta-feira, janeiro 10, 2007

Nossos queridos Amigos...

Quando chegam em casa, normalmente são pequeninos, fofinhos e alegres. Por toda sua vida ter você por perto é uma alegria. Quando você está triste, cheio de problemas ou cansado simplesmente da rotina, eles se sentam ao nosso lado e pedem carinho na tentativa de transmitir um pouco de alegria. E funciona. É um minuto de cosquinha para encher nosso peito de alegria.
Quando você está feliz então... ah! É um pega pra capá. Correm, pulam, giram. Qualquer tranqueira vira brinquedo, e qualquer sorriso vira festa.
É uma pena que a vida moderna não nos deixe ficar mais tempo com esses grandes amigos.
Eles vão crescendo e você também. Juntos, parece que eles não envelhecem, mas infelizmente, assim como você vão envelhecendo. Já não são tão ágeis como antes.
Um dia sem explicação, eles te deixam. Você sofre. Porque afinal os animais têm de partir? São tão meigos os bichinhos... Amigos para qualquer hora... não reclamam, são fortes, gentis, fiéis, leais, companheiros, alegres, e uma infinidade de qualidades que nem o ser humano mais legal do mudo reúne em si só.
Os cães, os gatos, os râmsters, os pássaros, as tartarugas, os peixes, os lagartos, as fuinhas, basta ser seu amigo.
Esses amigos deveriam ficar presentes até nossa morte, e na hora da morte nos guiar até o céu. Chegando no céu, eles se transformariam numa linda luz que pela última vez nos confortaria na mais profunda paz de espírito, e aí então, nos despediríamos, mas não para sempre. Pois eles estariam sempre ao nosso lado, onde quer que seja o céu.
Nossos amiguinhos peludos ou de escamas são sem dúvidas grandes companheiros.
Viva nossos amigos peludos!

Anandha Correia
homenagem à minha princesinha Brida...