terça-feira, dezembro 29, 2009

Sinceramente, eu não pedi pra ser assim. Mas saiu assim. Ficou assim. Hoje algumas coisas são imutáveis. Dizem pra não entrar em confusão. Mas como eu posso não entrar em confusão, se dentro de mim tudo é confusão?

É impressionante a capacidade que eu tenho de me confundir sozinha. Não sei o que quero, e ultimamente, ando me arrependendo de algumas decisões que tomei no passado. Atitudes que insanamente cometi. E arrependimento era sentimento nunca sentido antes. Agora eu posso admitir que sim, já me arrependi.

Não me arrependo pela perda. Mas me arrependo pelo caos. Não me arrependo pela troca. E sim, pela covardia. Sinto tonturas, dores, vazios.
Não seria confortável a volta concreta. Mas é bom sonhar com uma vota no tempo. De volta para o passado. E lá sim, consertar meus erros.

Vontade grande de gritar perdão em público. De chorar amarga nas ruas com o salto quebrado na mão e a maquiagem borrada na face.

Eu não pedi pra ser assim. Não há mudança que desentorte o pau. O pau que nasceu torto. A ovelha que nasceu negra. A laranja podre do cestinho que embora com sua doença, foi amada, amada, amada. Mas laranjas, ovelhas e paus não têm sentimentos. Eu tenho. Fácil para as laranjas, ovelhas e paus. Difícil para mim.
Pessoas não são compras. Não podem ser trocadas e destrocadas. Difícil para as pessoas. Fácil para mim. E essa eu vou ter que antes de engolir, encarar, mastigar e degustar primeiro.
Saiu assim. Como merda que antes foi lagosta, quiche, camarão. Como não entrar em confusão? Se dentro do meu peito só existe confusão...
Pediram: me esquece. E quanto mais eu tento, menos eu consigo.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Quando eu me revolto com o caso 'Geisi Arruma' e as pessoas respondem, "deixa deixa... agora já foi!" eu me revolto mais ainda ao pensar no oportunismo.
Em todos os lides das matérias, ou seja, no começo de cada matéria, ela está descrita como "a estudante que foi hostilizada por universitarios da UNIBAN".

Na minha opinião, ela foi hostilizada apenas no dia. Depois se transformou em oportunista.

Hoje, 'Geisi' fez mascara de argila para sair na escola de samba Porto da Pedra.
Ontem ela fez apliques.
Esses tempos, disse que está adorando tudo isso, e segunda feira, dia 23, teve queda de pressão, porque afirmou que "vida de celebridade não é fácil".

Por favor, perguntem à Marília Pêra ou ao Wood Allen, se eles precisaram se escandalizar para tornare-se célebres...

Acho que nããããããão!!!

segunda-feira, outubro 19, 2009

Dia de folga
Alguns jornais impressos veiculam uma única edição para domingo e segunda-feira. Mas nesses jornais, o horóscopo só está para domingo. Os astros não trabalham às segundas-feiras?
Eu não leio exatamente o horóscopo porque acredito que devo usar a cor laranja durante o dia. Eu leio, por que aquelas pequenas frasesinhas alimentam minha primeira filosofia do dia, assim que abro o jornal pela manhã. Uma espécie de biscoitinho da sorte sem calorias.
Mas a questão é: os astros não trabalham às segundas? Hein, senhores astrólogos!? Coloquem dois horóscopos, no caso de seu jornal sair uma edição para dois dias. Afinal, não sou supertisciosa, mas ouvi dizer que dá azar ler horóscopo atrasado.

quarta-feira, outubro 07, 2009


Cômico!


Os Spans são muito desagradáveis. Mas as vezes podemos dar boas risadas com alguns deles.

Como neste caso:


DÊ VIDA AOS SEUS CABELOS COM SHAMPOO ESPERANÇA !!


Nova Formula 3 x mais concentrada...

Isso mesmo, livre-se de uma vez por todas dos problemas capilares, shampoo Esperança é a solução!!
Shampoo Esperança é indicado no tratamento de queda de cabelo, calvicie, seborréia, caspas e no crescimento lento dos cabelos.
Antes de se desesperar diante do monte de fios soltos na escova, na blusa, no chão do banheiro, conheça os o Shampoo que vai transformar sua vida.
Evite queda de cabelo, cuide enquanto é tempo.

Dê vida aos seus cabelos com Shampoo Esperança.


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Façam agora a mentalização da moça pobre coitada DESESPERADA com a escova na mão, e depois sentido-se aliviada com um frasco do SHAMPOO ESPERANÇA...

Muito anos 50. Adorei. Só não garanto que vou usar o shampoo...

segunda-feira, setembro 21, 2009

Capacitar ou não: eis a questão

Por um lado, falar de desemprego para quem trabalha é uma questão de números e estatísticas. Por outro lado, falar desse mesmo assunto para quem está desempregado é uma realidade complicada.
Pensando em contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, e descomplicar a vida das pessoas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou na década de 80, nas capitais metropolitanas, uma pesquisa cujo objetivo é “produzir indicadores mensais sobre a força de trabalho” no Brasil. O Instituto deixa claro que, “o objetivo [é] de avaliar a evolução do mercado de trabalho, apoiando-se em informações sobre emprego e desemprego nas seis Regiões Metropolitanas do País”.
No entanto, essa é uma pesquisa de campo muito mais intensa e vívida para aqueles que tem seus parentes, amigos, vizinhos e conhecidos nessa situação cada vez mais em ascendência no país.
A doméstica ribeirão-pretana Tereza Lopes da Silva acompanha raramente as estatísticas do desemprego no Brasil, no noticiário da televisão que antecede sua novela preferida. Mas sabe que seu marido Paulo e seus dois filhos estão desempregados. Sabe também que sua renda mensal de R$ 540,00, sustenta a família enquanto o marido e filhos vão à procura de renda.
Vivendo a realidade do desemprego, Silva declara que “o último serviço que Paulo arranjou foi de pedreiro, mas quando acabou a obra, acabou o trabalho, e então há um ano que tanto ele quanto os meninos não conseguem arrumar nada”.
Segundo dado do IBGE, durante o mês de julho desse ano nas metrópoles pesquisadas, foi registrado o número de 885 mil pessoas desocupadas.
Hoje, para evitar a desocupação, muitas pessoas recorrem à graduação ou à especialização. Mas não se iludem, achando que concluindo o curso estarão empregadas. Marcela Quinquiliano, recém formada em administração de empresas na cidade de Limeira afirma que começou a faculdade com 32 anos, mas sabia que seu futuro não era garantido. Hoje com 36 reside na casa dos pais e está a procura de emprego.

Crítica

O desemprego no Brasil pode ser analisado através de vários panoramas. A formação universitária entra em contradição com a falta de qualificação exigida pelo mercado de trabalho. Num prisma temos o profissional que não pode exercer tal função porque é qualificado demais, e em outro prisma temos o candidato que não concluiu o nível exigido pelo empregador. A constante mudança nas leis de exigência do diploma universitário é um novo fator de análise nesse debate. Se em algumas profissões a exigência do diploma foi retirada ou não é exigida, caso do jornalismo e da propaganda, para a profissão de analista de sistemas tramita a lei para obrigatoriedade do diploma. Quem busca emprego hoje, não sabe o que é melhor: ter ou não ter diploma, eis a questão.
A população “comum” não se prende em estatísticas. Concentra-se na realidade. Busca opções para combater o desemprego criando autonomias e contribuindo para o crescimento do mercado onde o patrão é ela mesma.
Nota-se também os tempos de crise, onde a admissão é substituída pela demissão. E a disputa pela vaga fica cada vez mais acirrada.
Sim, o desemprego no Brasil é uma situação factual, e procurar soluções a curto ou médio prazo é querer ser utópico. A realidade só pode mudar a partir do momento em que as questões econômicas, políticas, sociológicas e culturais do país sejam colocadas nos eixos. Quando, a política institucional da pátria Brasil cumprir seu papel verdadeiro com os brasileiros, e como mencionou Max Weber, ir além da transformação do mundo objetivo, transformando a consciência das pessoas, aí sim, teremos solução não só para o desemprego, mas para vários outros problemas que pertencem a este efeito dominó.
Enquanto isso a população, conhecida por seu jeitinho, vai encontrando biscates para enganar o estômago e saciar a fome.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Velhos Costumes

Bem, hoje saí com meu pai para resolver pendências minhas, dele e nossas. Então, em uma manhã de um céu azul esplendorosamente vivo, fomos os dois, na Fusca Cremilda, até o centro da cidade onde (quase) tudo se faz, e (quase) tudo se resolve.
Primeiramente estacionamos em um estacionamento comercial, desses que se paga por hora, por diária etc. Logo após, um dos seus compromissos fora cancelado, o que significava que a primeira parte da manhã seria minha. Uma ida ao banco para retirar uma graninha; e um café na primeira cafeteria da cidade, A Única.
Café tomado mente um pouco mais ligada, seguimos rumo a copiadora, e deixamos o que será retirado na quarta, já encadernado na capa dura. Na volta ao carro, uma rápida passada em uma banca de jornal, onde nessa rapidez, ele leva os dois primeiros volumes da Coleção de Museus do jornal, e eu, a revista Vida Simples do mês de setembro (veja só, de setembro!) que eu estava super afim de ler pois a matéria de capa é "não leve as coisas com a barriga".
Saimos da banca e logo ao sair faço o seguinte comentário, que embora possa parecer piegas, faz total sentido, e deve ter total reflexão para mim:
- Pai, você é uma inspiração pra minha vida sabia?
E ele responde:
- Hahaha, eu? Porque?

Eis que respondo dissertando.
Desde o começo do trajeto estacionamento-cafeteria-copiadora-banca, em todos os lugares, o tratamento cliente/serviço é extremamente amistoso e inter-pessoal.

Na cafeteria, cumprimenta o dono, que já não é apenas o "dono d'A Única", é seu amigo, Fulano de Tal, e conversa vai. O relógio de parede foi presenteado por ele (meu pai) e sua esposa. A atendente, que serve café no bule imenso, pergunta sorridente, "olá meu amigo, há quanto tempo? por que sumiu?", e conversa vem...
Na copiadora, decide pagar na hora, mas após cumprimentar todo mundo, pelo nome, boa memória é um fator importante nessas horas - lhe dão a opção de "marcar". Mas não, quem vai buscar sou eu... e eu não posso marcar!
Na banca, a moça já logo o vê e pergunta de cara se ele vai querer a coleção nova dos museus, como velhos conhecidos...

Essa relação que ele tem, me retomou a questão dos velhos costumes, de comprar pãozinho na mesma padaria por um bom tempo, e conhecer o dono, conversar com as atendentes, criar um círculo social entrosado, hábito perdido com a falta de tempo e com a modernidade.
As pessoas que atuam no comércio hoje, mal olham na sua cara, mas também, o cliente em si, mal quer ser visto ou olhado. Ninguém tem tempo, e além disso, as pessoas tem tantas opções, tantas "conveniencias" espalhadas por aí, que os lugares com caracteríticas de armazém perderam espaço. Não existe mais afeição entre as pessoas. O que as tornam pessoas destindas ao consumo pelo consumo, pela "necessidade" de sobreviver consumindo e pronto. A questão de construir amizades foras do seu próprio círculo social está falida.

E é por isso que eu disse ao mei pai que ele era uma inspiração pra mim, sendo que eu mesma, apesar de ter meus conhecidos no mercadinho, da padaria, da pizzaria do meu bairro, ainda estou longe de ter essa teia de "amizades comerciárias". Mas pretendo seguir seus passos mesmo sendo um tipo de inter-pessoalidade em declínio, pois penso que a vida baseada nos velhos costumes, pode ser mais saudável para a alma!

quinta-feira, julho 30, 2009

Impasse

E então ela chegou em casa. Tentou não fazer barulho naquele vazio imensurável. Notou as notas frias de uma música imaginária e, tentando se dotar de alguma frieza incalculável, não conseguiu e parou pra pensar.
Talvez realmente estivesse tudo errado. Notava o comportamento de seu velho parceiro não mais como algo divertido. Mas preucupante.
Com um sentimento revés, tentou alegrar-se, mas se questionou sobre o valor da diversão. Acertou suas contas para não ter aversões.
No entanto, voltou para casa com mais dúvidas do que nunca. Pensou nela. Pensou no outro. Pensou "e se". E percebeu que "se" não é verbo.
Um gole guela abaixo. Tudo precisa ser ajustado. Enquanto pensa, pensa, pensa, existe vida cercando o espírito.
E porque as coisas acontecem quando se está estabilizando? Porque o sentimento de responsabilidade a abalou tanto naquele momento?
E ela ficou cheia de perguntas sem respostas. Quando achou que já se saturava de respostas, descobriu que elas são respondidas com mais e mais perguntas.
Mais uma pergunta foi criada: por que o desespero torna tudo tão complicado?
Sua cabeça já não continha apenas cabelos longos. Vivia entre o agora e o futuro.
Para na cama, com lençois azuis rebeldes, cujos elásticos já não existiam mais, e deita com seu vestido, já sem calça afim de relaxar.
Vê o sentido nato das palavras, discorre e abre uma cerveja, enquanto a luz do novo dia clareava seu papel.
Dentro dela havia muita coisa. E sabe, que na emanação da semiótica há cores a serem percebidas. O fato é que ela quer imortalizar um momento que já acabou. (Qual momento não sabe ainda). Quer dividir com o mundo as idéias, mas gerou um compromisso que a fez pensar.

sábado, julho 18, 2009

Olá meu povo e minha pova!!!

Hoje se vocês repararem eu linkei dois blogs novos aí do lado.

Um é do programa que eu apresento um dos quadros, o Miscelanea. Nele, vocês podem conferir os bastidores e erros de gravação dos quadros e saber um pouco mais sobre o programa que ainda irá ao ar no site da TV Unaerp.

Outro, é da ASCUCA - Associação Cultural Casinha da Arte, uma Ong recém fundada, aqui, de Ribeirão Preto que eu assessoro.

Todos tem haver com trabalhos meus, que assim como esse, espero que vocês gostem!!

sexta-feira, julho 03, 2009

Hoje estou formada. Mas nesses quatro anos de jornalismo na UNAERP, eu pude conhecer pessoas ótimas, inteligentes e profissionais. Não somente engravatados viciados em grana, mas bons intelectuais, querendo ganhar dinheiro fazendo o que amam.
Uma dessas pessoas de boa índole (e bom papo) é Lucas Arantes, um carinha totalmente ideologico, e sagaz das idéias, que lançou a pouco tempo seu primeiro romance.
Aqui, divulgo a obra, ainda sem lê-la, pois estou poupando para obte-la. Mas, conhecendo Lucas Arantes como conheci, e, conhecendo sua ideologia, seus criterios e seu bom gosto, posso afirmar que não se trata de resgação de seda e muito menos de obra barata!
Portanto, se puderem apreciar, façam, pois aqui nessas bandas, farei o mesmo!
Lucas Arantes, 23, lança (em versão impressa e formato PDF em blog - http://www.lucasarantes.wordpress.com/) seu primeiro romance. Em O Outro Estranho o personagem Salvador tem que conviver com uma cidade intempestivamente quente e um ranço interno que o torna um eterno solitário. Ao se ver abruptamente livre do mundo, mas carregando ainda a si mesmo, Salvador não sabe o que fazer. Como um esquimó frente um camelo.

Jovem, porém maduro o suficiente para dar a cara a bater, Arantes salpica o romance de pornografia explícita, mas literariamente bem construída. O livro, inovadoramente disponível para download, foi elogiado pelo aclamado escritor Fernando Bonassi “Não é sempre que você pega um livro em que a condução da escrita e a exposição moral do poeta andam tão juntas”.
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Bora Luquinhas, "merda" pra você, porque você é bom no que faz!!!

quinta-feira, julho 02, 2009


Sorriso da alma


Aí ela se deparou com uma realidade nova. Tudo se transformara em sua vida. De um dia para o outro ela cresceu. Seus sentimentos todos confusos e desalinhados. O tempo era mais parado e ela se sentia só alma. Uma alma vagando por aí.

Deparou-se com aquele estacionamento silencioso, em um hospital onde chegavam e partiam vidas. Ansiosa e tensa desatou a chorar.

Mas foi aí que ela se revigorou e conheceu algo verdadeiro, que a fez pensar se todas as loucuras que fez na vida tinham valido a pena. Chegou à conclusão que não.

Sentiu pela primeira vez o poder do coração; naquele momento que o sorriso foi aberto ao ouvir sua voz, percebeu que AQUILO SIM TINHA VALIDO À PENA.

Que chegara até ali para isso, para se sentir amada. O amor verdadeiro. Incondicional. Sentiu alegria genuína e recíproca. E viu que naquele lugar que concebia e finalizava vidas, também as curava. E então reconheceu o real significado da palavra esperança.

Foi para casa. Cheia de um sentimento que conseguiu preencher seu vazio. Preparou um café, um cigarro e começou a escrever...

quarta-feira, julho 01, 2009

Mais uma do brasileiro...

Gente eu amo o Brasil. Não parece. Mas eu amo. O que me incomoda de alguma forma é o comportamento de alguns brasileiros. Primeiro eu me incomodo com o comportamento da mídia em relação aos tupiniquins.
Para algumas emissoras, que produzem as telenovelas que são inclusive vistas no exterior, o Brasil é somente Rio-São Paulo. Quando tentam inovar com alguma outra região, ela fica pouco tempo no ar, por que todo mundo acaba voltando pra São Paulo, pro Rio de Janeiro, ou para algum lugar que não se sabe onde é (como o caso Malhação).

Qual a relevância disso para os brasileiros? Bem, isso dá a ilusória noção de que no sudeste brasileiro tudo é bom, tudo é lindo, tem grande oferta de emprego, e etc. Esse fato somado à falta de instrução/educação/orientação dada pelo Governo Federal (seria proposital?) contribui para que milhares de pais famílias se separem, aumentando a migração dos outros estados mais precários, contribuindo para o desemprego, crescimento de favelas, marginalidade, indigência, etc, etc, etc no sudeste nacional.

Lá fora, “no exterior”, em qualquer lugar em que eles assistam as nossas Marias do Bairro, eles devem imaginar que nosso país só tem duas cidades e o resto é selva/macaco/banana/Tarzan. Isso me indigna, porque quando eu afirmo amar o Brasil, digo isso, baseada no fato de que somos um país com milhares de culturas, raças, cores, perfumes, fauna, flora, texturas, artes, música e uma diversidade gigantesca de tudo o que se possa imaginar, desde gente até sementes; e eles sintetizam todas suas histórias em suma de duas cidades? Não está certo.

E aí, alem de enxugar nosso país em duas cidades, ele fazem o que? Ficam mostrando culturas de outros países, como se no Brasil não tivesse nada. Fosse vazio ou como se todas as nossas próprias culturas já tivessem sido exploradas.
Nada contra a “divulgação” de culturas estrangeiras, mas é sempre assim. Nessa balança o peso sempre foi maior pro lado de fora, interesses publicitários, jabás, etc, etc, etc.

Mas o que me levou a escrever essa revolta neste dia cinzento em Ribeirão Preto, foi o fato que me levou a pensar em tudo isso. Alguns dias atras uma senhora semi-analfabeta (ou seja, só escreve o próprio nome) muito simpática, chegou na biblioteca e perguntou o significado de algumas palavras e expressões usadas na novela das nove, Caminho das Índias.
- Ah gente, o que significa Are baba? E firanga? (não é “firanga” e sim firanghi, e significa a tão mulher falada. Mas do modo como eles conotam, parece mais a mulher falada no sentido de vagabunda mesmo).

Aí eu me indigno.. porque penso que primeiro ela deveria conhecer o conteúdo das nossas palavras. Saber por exemplo que a palavra saudades é exclusivamente portuguesa e só “se sente saúdes no Brasil”, em outros lugares se sente falta, não saudades. Deveria saber escrevê-las, lê-las, pronunciá-las, concordá-las.

Mas eu não devo dizer isso a ela. Porque ela é apenas uma “cobaia” de um sistema educacional precário. Da maldade de cabeças maiores, e enquanto ela está aqui preocupada com o significado de palavras da sua rotineira novela, os cabeças estão lá, maquinando o próximo grande golpe, que com certeza irá atingi-la de alguma forma. A culpa, nós todos sabemos, que não é dela. Mas me parece de uma união entre grandes poderes.

Assim, eu prossigo com minhas reflexões e descontentamentos, em mais uma dos brasileiros...

sexta-feira, junho 26, 2009

arrumei gente! arrumei!!!

tem gente que me surpreende! algumas coisas me surpreedem meeeeeeeeesmo!!!
Tem muita coisa engraçada por aí...

http://www.tolicesdoorkut.com/

http://www.orkutdebebado.com

sim, se estás triste e tiver humor fragil, vá...

sábado, junho 13, 2009

Quando se pergunta sobre a média de leitura aos brasileiros “comuns” a grande maioria responde:
- Brasileiro não lê porque o livro é muito caro!

Bobagem. Eu concordo que o livro realmente está acima da média comparado ao salário mínimo, sendo que um romance custa por volta de R$ 40,00 e o salário mínimo é R$ 465,00, o preço de um livro chega a quase 10% do valor bruto. Mas ainda me questiono, o livro é muito caro, ou o salário é muito baixo?
De qualquer forma existem outros recursos para que se possa ler sem pagar nada.

Para quem tem acesso à Internet (e vista e paciência para ler no PC), existem diversos sites onde se pode ler arquivos em formato Pdf. O Google não me deixa mentir. Tem esse site então,
http://www.acervohq.quadrinho.com/capa/, é especializado em QH’s para quem curte, tem opção de download e leitura on-line. Um barato!

Para os clássicos – que gostam de sentir os livros nas mãos, existem as maravilhosas bibliotecas. Sim. Por que brasileiro não lê por que não gosta, e não quer assumir, exceto por alguns que admitem não gostar mesmo. Nas bibliotecas municipais nem multas são cobradas. Alias, se o leitor for pontual nem mesmo se tivessem multas... é entregar na data, e pronto, o caboclo lê e entrega sem custo algum.

Em Ribeirão Preto existem três bibliotecas, onde de duas delas você pode levar o livro consigo. Uma é mantida pela Fundação Sinhá Junqueira, a biblioteca Altino Arantes e fica no centro da cidade, próxima ao Theatro Pedro II, na rua Duque de Caxias, o ponto alto dela é o acesso fácil. A outra, é a biblioteca Municipal Guilherme de Almeida, que fica dentro da Secretaria da Cultura, no Morro do São Bento. O ponto forte é o acervo com mais de 15 mil títulos e o atendimento diferenciado e não cobra nadica!

Pelo Brasil, existem milhares e milhares de bibliotecas. Em Paiaiá, na Bahia, existe, por exemplo, a maior biblioteca rural do MUNDO. Isso, do mundo. E olha que eu não sei se acredito na expressão ‘que mundo pequeno’. Lá eles têm mais de 50 mil volumes e mil DVD’s. É pouco? No Rio está concentrada a biblioteca nacional, e é uma das dez maiores bibliotecas do MUNDO (olha o mundo de novo) segundo a UNESCO.

Tirando o fato de que existem, além disso, os sebos. Onde os livros são vendidos até por R$ 1,00 dependendo do título. Uma vez minha mãe comprou A Moreninha, do Joaquim Manoel de Macedo por R$ 1,00. Tudo depende. Por que quem quer fazer alguma coisa de fato faz, dá um jeito.

Agora esse papinho de que o livro é caro? Ah... desculpem-me, mas esse papo eu não engulo nem mastigo. Brasileiro curte mesmo é folga, e não gosta de ler. Gosta de gastar grana com roupa, com birita, com cigarro, com qualquer coisa. Para depois falar que livro é caro.

Real Gabinete Português - Biblioteca Nacional Brasileira (Rio de Janeiro)

quarta-feira, junho 03, 2009

As batidas pulsam apressadas, mas a respiração está sufocada. No ritmo de decisão, a incerteza acerca, e desnorteia os sentidos finais.
O próximo passo, não vem sozinho; passo de centopéia. Em um passo o rumo de uma nova história. Em uma nova história, novas incertezas.
Uma bola de neve recheada de pontos de interrogação. Um próximo passo. Um novo medo. Uma nova fase. Circuito.
Insegurança que amedronta. Medo que não segura. Grito. Eco. Vazio.
Sim. Deu-se o fim de um ciclo, para começarmos outro, que, embora me entristeça agora, só me resta o aguardo, de um novo ciclo de muitas alegrias e sucesso.

sábado, maio 16, 2009

Gente corrigindo, quem tocou sua belíssima harpa celtica no Saurau Eleituras, foi Nando Araújo.
Obrigado Tânia!
Fragmentos do ultimo Sarau Eleituras

Na ultima quinta feira (14/05/2009), aconteceu no Palace Cultural, no centro de Ribeirão, mais uma edição do Sarau Eleituras, abordando o tema “arte e loucura”. O sarau deixou o termo loucura, muitas vezes confuso pela sociedade, bem esclarecido pelas diversas manifestações apresentadas.

Entre as apresentações, estiveram presentes membros da ONG Associação Loucos pela Liberdade, que divulgaram através da leitura de poemas escritos por pacientes, a campanha da entidade denominada Movimento Anti Manicomial. De acordo com um dos membros da associação, Luizinho Gonzaga, “O ser humano não enlouquece sozinho; se ele enlouquece, é porque a sociedade o deixa enlouquecer”.

Teatro e música também fizeram parte do evento. A declamação da lenda do poeta também foi um dos momentos mais marcantes, em minha opinião, do sarau. A artista, contara que “um homem deitou-se nas areias da montanha perto de sua casa. Quando acordou, reparou que sua cabeça estava presa na terra. Chamou sua mulher e esta, viu que sua cabeça estava cheia de raízes, havia se enraizado. O homem, disse-lhe que cortasse as raízes com o machado. Mas ao cortar, a mulher se desesperou, pois saíra muito sangue, e lhe dava a impressão de dor intensa. O homem negou a dor, mas a mulher, recusou-se a continuar. Então, ela decidiu chamar os camponeses, e estes cavaram, cavaram, cavaram, e viram que seria impossível arrancar as raízes do chão, porque estas davam a volta na Terra. Então, resolveram chamar os sábios. Eles pensaram, pensaram e pensaram. Eis, que o mais velho sábio diz: - Já sei o faremos. Vamos transferir essa cabeça para as alturas. Vamos transferir essa cabeça para a lua. E o homem ficara com a cabeça na lua. E então, nasceram os poetas”.

Todos os presentes participaram de uma trova de um poema de Mário Quintana, onde as falas foram revezadas entre homens, mulheres e locutor. O poema de Paulo Leminski, diz em dado momento que, “Quando tiver 70 anos, acabará essa minha adolescência. Vou parar com essa vida louca”.
Após isso, o professor de psicologia da USP, Isaias Pessotti, foi à frente para ler um trecho do seu livro “A Loucura e as Épocas”. Pessotti, declara em meio sua dissertação, que a loucura, é dada no momento em que o homem perde o autogoverno; e que esse governo é regido pelas paixões. Explica também que, o fascínio pela loucura, se deve porque a loucura é um desafio. É o perigo de não ser mais homem. De enfrentar a nulidade. E que, a mente em transformação não age pela razão. Porque a razão só se mantém com o que está morto.
Na seqüência do discurso do professor, houve uma apresentação dramática brilhante de um rei-louco. E finalizando a primeira parte, a música de Luizinho Gonzaga e Carlinhos Antunes, com sua harpa céltica esplendorosa, apresentando algumas das músicas que estarão no show, Loucos pela Vida, no SESC dia 20 de maio, às 21 horas.
Após tudo isso, uma pausa. E após a pausa, um segundo momento, onde os meros mortais puderam ler seus poemas ou textos trazidos.

Crítica
Sim, quem já foi em pelo menos um, dos saraus promovidos pelo Eleituras, consegue nitidamente, enxergar o progresso alcançado pelo grupo de leitores, dirigidos, por Tânia Cosci. O grupo passou a ter apoio da Secretaria da Cultura e do Instituto do Livro. Está mais organizado e agora os encontros passam a ser em locais maiores e mais públicos.
No entanto, em termos de divulgação ainda deixa um pouco a desejar, pois, algumas pessoas – os meros mortais, que levaram seus trabalhos, ou textos, livros, etc., não tiveram a oportunidade de mostrá-los no conjunto. Isso, fez com que o caráter do evento ficasse mais pessoal e programado, deixando para trás a essência do evento que antes, dava oportunidade a todos, ou quase todos, que quisessem se apresentar.
A pausa foi feita após as apresentações mais enérgicas e dos convidados mais ilustres. Fazendo com que a segunda parte reduzisse a quantidade de espectadores a estudantes e professores organizadores do evento. O tempo, limitado pelo Palace Cultural, restringiu essas apresentações. Se talvez a pausa houvesse ocorrido após todas as apresentações, as outras pessoas também teriam tido chance de mostrar seus trabalhos para todos, inclusive, para os ilustres, e não apenas para o pequeno publico que restou após o break.
Mesmo assim, o Sarau Eleituras foi um grande sucesso.
Aguardamos a outra edição com a expectativa de uma ótima opção de lazer cultural, que relativamente é escassa em Ribeirão.

quarta-feira, maio 06, 2009

Opinião de cada um.

Pois veja bem com a vida é... em um período de 15 dias eu ouço vários dizeres de muitos "amigos" meus:
Você causa de mais! Você devia se dar mais valor e não dizer certas coisas! Você está/é louca!
Quando as próprias pessoas não falam diretamente para mim, no diz que me diz ribeirão-pretano eu virei mito popular. Muitas histórias verídicas e não verídicas sobre mim. Mil julgamentos. Muitos comentários maliciosos sobre minhas atitudes e escolhas. Opinião de cada um.

Agora, eu vou traçar o perfil destes que menciono: homens com idade de 25 / 33 anos, desempregados, com ensino médio (varia, entre o completo e o incompleto), e renda mensal de 500 reais no máximo.

Para outros, como eu acabei de ouvir, há cerca de 15 minutos, é um pouco diferente. Estava eu, na sala dos professores da minha amada universidade, e a minha orientadora disse que a minha monografia é uma obra em extinção, porque além de ser boa, é interessante, e tem possibilidade de ser publicada. E discorreu por cerca de 10 minutos (tempo do intervalo) sobre a qualidade elevada de um esforço só meu. Outros professores e adultos que o digam. Cultura elevada essa menina! Você ainda vai longe! Raramente se dicute esse assusto com um jovem da sua idade! Nada de puxa-saquismo. O que pessoas tão ocupadas tem a ganhar com isso, nessa altura da vida? Opinião de cada um.

E agora, o perfil destes por últimos mencionados: homens e mulheres com idade de 35 a 50 anos, em cargos como assessores de imprensa, fotógrafos, professores, artistas. Todos com nível universitário (alguns com pós graduação/MBA) e renda mensal variável de 2000 a 5000 reais por mês. (em média).

Agora me respondam, é possível agradar gregos e troianos?

Aos primeiros, que tem a primeira impressão citada nesse post, eu manifesto dizendo que, se vocês não me proporcionam nenhum estímulo intelectual, o que me resta é curtir minha loucura como posso, afinal, me respondam quantas vezes já tivemos alguma conversa estimulante? Quando essa conversa acontecer, me avisem, irei preparada com minhas melhores armas, e meus argumentos servirão para derrubar um por um.

Aos segundos, que me conhecem realmente como sou e tem percepção para análises mais aprofundadas, o que tenho a dizer é obrigado! Sem vocês nada seria. Obrigado pelo reconhecimento e pelo estímulo intelectual que me proporcionaram, afim de me diferenciar tão intensamente dessa massa ignorante.

Enfim, opinião de cada um.

sábado, abril 25, 2009


Aconteceu hoje no calçadão de Ribeirão Preto um evento que reuniu diversos artistas da periferia da cidade. Entre eles cantaram por lá, Consciênca X Atual, Abracadabra e uma atração interestadual.

Além dos grupos, o público pode conferir uma excelente discotecagem com o Dj Izaak, free-style, grafitagem com o grafiteiro Lelim, atrações circenses da Cidade do Circo e muito break.

O evento que teve início às 11 horas da manhã, terminou às 14 horas e não deixou a desejar. O alto da festa foi o momento em que o equipamento teve problemas técnicos, e os integrantes do Consciência contornaram a situação com um free-style de primeira, e até que o aparelho voltasse afuncionar, ninguém ficou no silêncio. Muitas pessoas prestigiaram o evento.

Autoridades locais deveriam prestar mais atenção nesse tipo de iniciativa e incentivar os artistas da nossa cidade. Afim de promover a imensa cultura periférica e organizar bons eventos que atingissem todas as camadas da população.





quarta-feira, abril 01, 2009

JOVEM QUE É JOVEM

Divagando sobre o monte de idéias e sistemas comportamentais que a sociedade exige do jovem, eu estava pensando... hoje eu tenho 23 anos e ainda tenho meu pé na "porra louquisse", na causaria, no sentimento revolucionário de chamar a atenção.
A militante Patrícia Galvão, a Pagu, com a mesma idade que eu, era presa em 1933, como a primeira mulher a ser presa no país por motivos políticos. Por que? Porque queria chamar a atenção em prol de uma causa ideológica.
Nessa atualidade, desfavorecida de apoio a qualquer tipo de ideologias e num momento que o ser social deve amadurecer precocemente, é difícil contentar gregos e troianos quando se quer chamar a atenção.

Por um lado, é crítico e muito difícil chamar a atenção da juventude usando a inteligência, já que a maioria dessa população não recebe orientação necessária para desenvolve-la de forma criativa. Ou seja, a educação e semeação da cultura por aqui, vai de mal a pior.
Por outro lado, diante da sociedade conservadora, é complicado chamar a atencão com os recursos disponíveis por ela. Com o pouco de cultura que nos é oferecido, é preciso batalhar. E um pouco de vodka sem gelo, por favor. Entre um show "ingresso livre" e alguma dose de tequila as ideias fluem melhor...

É impossível revogar bom comportamento aos 23 anos, o auge da juventude; idade de militância, em que é preciso chamar atenção. No entanto, esse círculo miúdo de incentivos, e diante de uma sociedade acomodada, meu exemplo serve para ilustrar milhares de outros jovens que, por falta de um incentivo maior, entregam suas batalhas em causas perecíveis.
Ainda, me resta - ou me sobra - que ao menos, por parte da minha família, incentivo intelectual não faltou. Mas e àqueles que nem com isso podem contar, pois permanecem imóveis dentro da sociedade, indo em frente, sem rumo... sem estímulos protestantes e voz ativa?

Uns com certeza, estão criando poemas e transformando em música... desenhando paredes, transformando em arte e outras formas de chamar atenção... Mas outros, estão se enraizando cada vez mais na ameaça dos desvios.
Álcool e drogas, alto índice de criminalidade entre jovens cada vez mais jovens. É tudo tão gritante que me assusta. A realidade é minha aliada.

Mas o fato é: jovem que jovem tem que chamar a atenção. Senão, já não jovem...

Alguém por favor, ajude-nos! (e encha meu copo com mais três dedos de vodka, por favor.)

segunda-feira, março 30, 2009

Tenho crises de Alice. A Alice, que viaja ao país das maravilhas, e que encontrou o coelho, o gato, os gêmeos e o chapeleiro maluco...

A Alice é um personagem incrível. E adoro me comparar a ela. Já que ela é tão confusa e tão estranha. A Alice é a “Carrie, a estranha” no formato não psicopata e mais sutil. Sozinha e diferente. Mas não quero falar sobre a personagem em si. Quero divagar sobre essa comparação, pois ela vive no país das maravilhas; e eu, vivo no país das maravilhas?


Chega de querer me comparar à Alice pelos seus estados lisérgicos. É hora de mudar esse pensamento e tornar a comparação um pouco mais envolvente e questionadora. Até porque a lisergia hoje em dia vive em mim, instalou-se.


Bem, mas voltando à questão principal...


Politicamente o Brasil é uma vergonha, todo mundo diz isso. O que é mais vergonhoso ainda, é que ninguém se manifesta para mudar a realidade. O brasileiro vê em geral o mesmo noticiário toda a noite, e assiste a tudo – escândalos, assaltos a consciência não aramada - enquanto se empanturra de arroz e feijão, mas não fala nada. Afinal, é feio falar de boca cheia.

Assim, empato com o país de Alice, que é regido por uma monarquia onde as cartas do baralho também não falam nada, e são, assumidamente subalternas à Rainha de Copas.

Alice 01 X Anandha 01

Alice não entende porque para algumas coisas é muito pequena, e para outras já é bem crescidinha. Isso é visível, nas horas que cresce ou diminui muito rápido.

Eu fui precoce. Cresci e “apanhei’ da vida desde muito cedo. Somente não queria crescer, e ter meus oito anos para sempre... dessa forma, não tenho confusões, e sim saudades.

Alice 01 X Anandha 02

Alice é uma chorona, rebelde e impaciente. Ai quando ela tiver TPM!!! Faz o estilo mimada rebelde, e eu adoro isso, também sigo esse modelo. Portanto...

Alice 02 X Anandha 03

A curiosidade matou o gato. No caso de Alice, fez seguir o gato. Duas curiosas por natureza, eu jornalista, ela ícone de Lewis Carrol.

Alice 03 X Anandha 04

Lá, todo dia, exceto um dia do ano, é desaniversário, portanto tem festa todo dia. Muita comida e bebida. Aqui nessa cidade universitária também tem festa todo dia. Mas tem que comer antes, porque nessas aqui só tem bebida. Nessa análise sem sentido, melhor empatar.

Alice 04 X Anandha 04

Até o seguinte momento acho que empatamos. Vou analisar a história novamente para desempatar e ver quem ganha o troféu “Mamãe me compra uma boneca novaaa” e saber se meu mundo é uma maravilha de fato. Por enquanto fico por aqui tomando um chazinho com meu coelho imaginário, criando mais posts maoménos pra passar o tempo...

segunda-feira, março 23, 2009

domingo, março 15, 2009

Hoje é dia do consumidor.
Se for consumir, consuma com consciência!

Segue o link de um documentário que retrata a cena da infância brasileira: crianças cada vez mais ligadas em consumo 'adulto', televisão e consumismo compulsivo, que acabam tornando-se adultos mais consumistas e menos criativos.

Criança, a alma do negócio

quarta-feira, março 11, 2009

Sim, a crise anda me afetando. Minha fonte secou. Sim, voltei à era encalhada. Nas vésperas de me formar. Com tantas coisas pra fazer, tantos prazos pra cumprir, e sem nenhum relaxante natural pra me aliviar.

O Zack Condon não sabe que eu existo. Os que sabem da minha existência, de alguma forma me esqueceram. Agora fudeu, ou melhor, não fudeu.

Sinceramente ainda acho o mundo machista, e que não se deve “comemorar” dia das mulheres o cacete. Aquela propaganda da Kaiser, “- E aí princeso? Não quer tomar uma Kaiser num lugar mais reservado? Eu prometo que não vou fazer nada que você não queira!” é uma grande hipocrisia!! Existem mulheres daquele naipe, mas essas são as menos aceitas... eu não ligo não. Mas que é difícil, ah, isso é. Torna a vida um tanto instável.

Mas fazer o que, não? A vida não é feita só de fartura. Depois da colheita safra, é hora de plantar de novo, pra colher mais tarde. Enquanto isso, vou treinando o tantra.

E o Obama disse que a crise só acaba no fim do ano. Assim não dá!

Que comece a temporada de caça...


ARMA DE CAÇA* - Zach Condon - Beirut


Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Eu esconderia meus sonhos debaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos até morrer,
nós bebemos à noite Longe de casa, com armas de caça


Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derrubá-lo, ele não foi encontrado,
não está por aí
Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais
Que comece a temporada - onde tudo é certo e errado
Que comece a temporada - abatamos os grandes animais

E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através da noite, a noite toda, toda a noite
E ele rompe através do silêncio do nosso acampamento à noite
E ele rompe através do silêncio, tudo o que resta é que eu me esconda

* ELEPHANT GUN > ARMA DE CAÇAArma, geralmente rifle, de grosso calibre, utilizada originalmente por caçadores esportivos de animais perigosos de grande porte, como elefantes.

segunda-feira, março 02, 2009


Curiosidades do BBBunda...

Olha só, fui votar, e acabei encontrando um
medidor de personalidade...

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

1° Oscar literário da Oficina de Loucurinhas



Bom gente, esse post mostra a lista dos livros que eu li no ano passado, porque pretendo zerar minha lista do orkut e colocar os desse ano. Então eu vou listando por ordem de classificação e fazendo algum comentariozinho se merecer...

1 ° lugar - Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
Com certeza, foi o melhor de 2008. Lido em meados de junho, um inesquecívelclássico que deve ser lido por todos. Veja também a crítica deste livro no nosso arquivo!


2° - Minhas tudo - Mário Prata
Também já foi indicação aqui no blog.

3° - Comer Razer Amar - Elizabeth Gilbert
4° - O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding
5° - O Deus das Pequenas Coisas - Arundati Roy
Pra quem acompanha a novela da Globo "Caminho das Índias", pode perceber que ou existe uma grande influência deste livro, ou todas as histórias de amor na Índia são iguais.
6° - Um Brinde aos que vão Morrer - Tuca Hasserman
Lido num só dia. Já foi história nesse blog.
7° - Quando Nietzsche Chorou - Irvin Yalon
8° - O Apanhador no Campo de Centeio - J.D. Salinger
Ficou em oitavo, porque é um clássico e merece ser lido. Mas, todavia, me decepcionou no enredo.
9º - Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll
10° - Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva
Já foi citado aqui na Oficina.
11° - Mãe - Górki
Explicarei... bem, esse livro vale muito mais posição. Trata-se de um romance proletário russo. E quando me refiro a romance, não significa "amor" e sim do gênero litarário. É bem pesado, mas muito bom. Li enquanto passava por uma fase marxista.
12° - Marley & Eu - Jonh Grogan
13° - Memórias de Minhas Putas Tristes - Gabriel G. Marquéz
14° - O Diabo Veste Prada - Lauren Weisberger
Bem melhor que o filme.
15° - O Matador - Patrícia Melo
16° - O Céu e o Inferno - As portas da percepção - Aldous Huxley
Tem resumo no blog!
17° - Bridget Jones: Entre o limite e a razão - Helen Fielding
18° - Manual do paulistano moderno e descolado - Gustavo Piqueiro
19° - O mundo é Bárbaro - Luis Fernando Veríssimo
As crônicas não são tão marcantes quanto a de outros livros.
20° - Estorvo - Chico Buarque
No que Chico B. estava pensando quando escreveu esse livro?

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Adoro um homem saiba usar um belo cachecol...

Momento Beirut do dia

Bom... pelo que tenho pesquisado, eu não sou a única que "descobriu" o Beirut e fez mil elogios.

Sinto minha paixão ainda. Mas sei que será difícil competir com outros admiradores de Beirut. Não quero escrever sobre isso, porque não quero competir. Quero pulverizar minha emoção, compartilhando mais uma coisa boa com as pessoas. Quero ver todo mundo apaixonado também. E como diz Roberta Sá numa de sua canções, "que pelo dure enquanto é carnaval".

Mas que fique bem claro que quem será a futura esposa do Zack sou eu! hahahahahah

Assista agora o clipe da Música Nantes.

Nantes
Beirut
Composição: Zach Condon


Well it's been a long time, long time now. Since I've seen you smileAnd. I'll gamble away my fright. And I'll gamble away my time. And in a year, a year or so, This will slip into the sea

Well it's been a long time, long time now. Since I've seen you smile. Nobody raise your voices. Just another night in Nantes. Nobody raise your voices. Just another night in Nantes.

Tradução:

Bem, já faz muito tempo, muito tempo agora. Desde que eu vi seu sorriso. E eu vou perder meu medo em apostas. E eu vou perder meu tempo em apostas. E em um ano, um ano ou mais, Isto vai deslizar para o mar

Bem, já faz muito tempo, muito tempo agora. Desde que eu vi seu sorriso. Ninguém levante suas vozes. Só uma outra noite em Nantes*. Ninguém levante suas vozes. Só uma outra noite em Nantes*

*Nantes: cidade francesa

Estava eu hoje, a conversar com um amigo meu e chegamos a seguinte conclusão: Ribeirão tem habitantes caipiras que acham morar em cidade grande.
Sim. Saem com seus carros importados, usam roupas moderninhas, vão em boates da moda, mas assim como aqueles senhores de interior que ficam nos portões de casa comentando:
- Noossa, você viu filho de fulano?
- Vii... me disseram que ele tá mexendo com drogas pesadas, tipo funk proibidão minina!
É. Mas aqui rola pior. Porque aqui o povo é hipócrita. Todo mundo faz a mesma coisa. Mas, como todo ser humano, cada um tem sua reação. Mas é a reação dessas pessoas, que é mais aceita "socialmente"... então, quem tem reações adversas sempre cai na boca do povo, ou melhor, na cadeira do alpendre.
Eu amo minha conduta. Por mais caótica que ela seja, serei eu que farei a diferença, quando eu assumir meu ego diante da mudança.
Da minha boca, felizmente, não sai nome de ninguém. Sai só se for pro bem. Pra ajudar. Pra construir.
É uma pena que as pessoas não cuidem direito de seus próprios ideais, e mesmo assim, passem seu preicoso tempo, assuntando a vida alheia.
Por favor Dona Maria e Seu Carlão, vai mexer o tacho e carpir a grama vão...
Fuck Off.

domingo, fevereiro 22, 2009

Há muito tempo eu não tinha um ídolo. Pois esses tempos, tempos que ando com raiva do mundo ribeirão-pretano - sobretudo das pessoas - e anti-social declarada, eu encontrei.
Além de mero ídolo. Alguém para amar. Definitivamente, nenhum homem mais me encanta, pois eu conheci atravéz da música e da internet Zack Condon.
Sim. A partir de hoje sou escrava dele.
Para quem não lembra, ele é vocalista da banda Beirut, cuja música foi tema da minisérie Capitu. Lembro que quando passava a minissérie, eu estava em São Paulo, durante o episódio do atropelamento. E eu pedia pra irmã do meu amigo interromper as "Memórias de minhas putas tristes", somente quando tocasse a música, Elephant Gun. Aí eu saia correndo e apenas ouvia. Sem interesse na série. Passou...
Esses dias um coleguinha de orkut postou o clipe original desse som. E eu assisti graças a minha nova internet sem fio. Chorei. É lindo. É artisticamente lindo.
E aí, somente depois de assisti-lo, é que meus sentidos se aguçaram a descobrir mais sobre essa misteriosa banda.
Descobri muitas coisas, baixei os dois álbuns, e posso dizer que essa é minha nova fase musical. Mas mais que isso, eu encontrei alguém para amar, o vocalista da banda, Zach Condon. Mesmo que adolescentemente. Há muito que eu não admirava um artista com olhos além-da-obra.
Será difícil, mais ainda, me conquistar agora, hahahahahahaha.

É lindo ou não é? Além de lindo, fumante, charmoso, é um patcha músico, culto, tudo que há (de bom)!

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Prévia dos meus sonhos noturnos...

Bom, hoje eu sonhei que Hitler ia dar uma palestra no Theatro Pedro II, aqui de Ribeirão, mas no meu sonho, o Fürer era corintiano.
Todo mundo sentado em seus lugares, eu vou lá, e penduro uma bandeira gigante do São Paulo no balcão nobre do teatro, e ainda saio deponta cabeça, enquanto ele profere a palestra.
Depois da palestra o segurança falou que por causa disso, Hitler queria falar pessoalmente comigo, para poder recuperar a bandeira, que afinal, era da minha mãe, e se eu não votasse com a bandeira para casa, vixi, o bixo ia pegar.
Nesse caminho eu encontro a Érica, uma funcionária do Pedro II (que é funcionária de verdade) e peço pra ela ver o que pode fazer em relação a bandeira. Érica diz que ficou admirada com a atitude da bandeira, já que Hitler é corintiano e todo mundo tem medo dele. Fico feliz e saio.
Só que saindo, eu não saio na rua comum. Saio num supermercado. Começo a correr no lugar e aí pego velocidade para sair voando, vendo as preteleiras por cima, um ângulo jamais visto pelos consumidores antes; acabo levando vantagem, pois parece que estava rolando um tipo de trote lá, mas não entre veteranos e calouros, mas entre duas equipes, me parece... meio confusa essa parte.
Aí tem duas partes mais confusas ainda... uma que estou no campo com minha prima Clara, segue-se para outra que eu faço parte de um novo filme do Simpsons, na qual eu sou a lisa, que é a única da família que não virou mutante.
E aí, quando a brincadeira ia continuar, minha vó me acordou.
Não entendo de significados de sonhos, mas consegui entender uma coisa nisso tudo: minha mãe é pior que o Hitler.

sábado, janeiro 24, 2009

Esses últimos dias escutei muito sobre o tempo... Maldito tempo.

"Com o tempo, a gente vê se dá certo", "Só o tempo que vai decidir se ficaremos juntos..."
Mal-di-to tempo.

Não é o tempo que resolve nada. Você já viu um relógio decidir com quem alguém vai ficar?
Você já viu uma ampulheta amar alguém? Então.

Na falta de resoluções as pessoas querem culpar alguma coisa. Nesse caso, sobrou pro tempo.

E quando decidem "dar um tempo"? Ah, tá bom. Seria mais direto dizer assim:
- Olha, eu não estou conseguindo raciocinar com você do meu lado. Melhor ficarmos separados enquanto eu tento pensar. Enquanto isso, espera meu bem... se quiser, senão quiser, vai lá.

Sobrou pro tempo de novo.

O bom, é que mesmo tendo escutado muito sobre o tempo, vou levando tudo numa boa, porque aqui por essas bandas, não tem tempo ruim.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Hoje eu sinto como tudo o que eu fiz foi cruel. Sem sentimento e transgressor. Hoje vejo com os olhos do outro lado como é feio usar os outros, como é terrível enganar os outros pela ambição e desejo de status.
Como tudo que ele fez por mim foi com amor, e eu respondi com perversão moral e sentimental. Pisei nos sentimentos de outra pessoa e a fiz sofrer profundamente. E em troca, nada ganhei, a não ser por um sentimento enorme de vergonha que sinto agora.
Quero usar esse espaço, para pedir pela primeira vez o maior pedido de perdão a uma das pessoas que mais me amou, mas que no entanto, cobra criada que sou, além de não dar valor, humilhou e enganou sem propósito, enquanto deveria amar e respeitar.
Perdão.