sexta-feira, junho 13, 2008

Divagação sobre o amor - I

Andei pensando nas questões do amor. De acordo com a língua portuguesa (lembra-se do dicionário Aurélio pesadão?) Amor significa:

[do latim amore] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção extrema 3. Sentimento de afeto ditado por laços de família 4. Sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra e que engloba também a paixão física 5. Atração física e natural entre animais de sexo opostos 6. Amor passageiro e sem conseqüência; capricho 7. Aventura amorosa 8. Adoração, veneração, culto: amor a Deus 9. Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura 10. Inclinação ou apego profundo a algum valor ou alguma coisa que proporcione prazer; entusiasmo; paixão 11. Muito cuidado; zelo, cuidado (...)

Encontrei algumas contradições nesse significado, que entraram em conjuntura com minhas divagações.
Se o amor significa a predisposição a desejar o bem, por que é tão difícil para as pessoas dizer que amam outras? É tão difícil assim desejar o bem do próximo? Será que a pedra fria do capitalismo e da globalização afetou além do meio ambiente o sentimento das pessoas? A resposta é sim. Ninguém está mais disposto a se dedicar absolutamente a outra pessoa. Dedicam-se ás vezes mais a uma máquina, do que a uma pessoa.
O número de divórcios cresce, aumentam-se os números da criminalidade, do desrespeito ao ser humano e ao mundo a sua volta. Tudo isso resultado da: falta de amor.
Em contradição poderia ser também excesso de amor. Excesso de amor próprio, onde o ser humano pensa tanto nele mesmo e se ama tanto, que acaba por esquecer que vive numa sociedade. Egoísmo.
Até mesmo os laços de família, que antigamente eram tão estreitos, estão se alargando por causa do amor. Ou da falta/excesso dele. Em certos casos nem a família mais ama-se com vigor (Suzane Von Richtofen, menina Isabela, e outras atrocidades Brasil a dentro). Ainda existe amor?
Com essa divagação, descobri algo interessante: os animais também amam! Que maravilha, estou a imaginar um tamanduá macho comprando bombons para o tamanduá fêmea... não? Não. Besteira, talvez eles amem mais que o homo-sapiens. Com certeza. Amor puro, de qualidade, verdadeiro.
Dizem que o amor engorda e que a paixão emagrece. Eu achei que ambos fossem sentimentos distintos. Mas conforme o dicionário o amor significa também paixão. Então com quantos quilos vou ficar? Quilos a mais, ou quilos a menos?
Acho que para amar é preciso fazer um estágio na cadeia da paixão para então haver a formatura do amor. Mas como uma pessoa me disse certa vez, o amor não tem cartilha. É fórmula secreta, como a Coca-Cola, sacou? Dessa forma será que o amor tem realmente significado que possa ser prescrito, ou ultrapassa a margem dessas linhas do dicionário. Sim.
Também dizem que o amor é cego. Eu não concordo, amo meu cachorro e enxergo ele muito bem. Outra coisa também: amar macarrão por exemplo é tão simples, por que amar uma pessoa é tão difícil? Ahá! Macarrão é simples: farinha, água e sal. Pessoas são complicadas: carne, osso, coração. Logo, o amor é diretamente proporcional ao objeto amado. Se é algo simples é um amor singelo, se é algo tão complicado como uma pessoa (existe algo mais complicado do que uma pessoa?) é um amor ardente.
Hoje, vou parar por aqui. Mas ainda me restam algumas divagações.
Disso tudo me resta responder a pergunta feita acima e dizer o quanto é importante que no meio de todas essa divagações saber que se é amada.

Nota: hoje é dia de Santo Antônio e ontem foi dia dos namorados. Portanto, coloquem seus santinhos de cabeça virada ou desvirem ele para agradecer como no meu caso ; )

Um comentário:

Ana B. disse...

rsrsrs, adorei esse post, e adorei seu blog ^^

=**