sexta-feira, abril 09, 2010

Andy Wahrol na Estação Pinacoteca: EU FUI!

No último dia 6 fui visitar a amada capital paulista. Passando por lá, fui à sensacional exposição do meu “muso” Andy Wahrol, na Estação Pinacoteca.
Essa era uma obsessão que já estava na minha cabeça desde o dia da inauguração, quando li no caderno Ilustrada do jornal Folha de S. Paulo, e senti uma pontada de ódio, por não poder ir visitar.




Mas os ventos foram de acordo e me levaram até a terra da garoa, para que eu pudesse me deleitar com as obras fantásticas do REI DA POP ART.
Lá, algumas das principais obras de Wahrol, entre telas – grande maioria serigrafias (técnica na qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – por meio de uma tela preparada), fotos, filmes e manuscritos.

O que pude analisar, tanto na sequência de fotos, telas e longas, é registrado em uma de suas frases: quando se repete uma imagem muitas vezes, ela perde toda sua força.
Considerei algumas serigrafias que registravam acidentes de trânsito, como uma alusão ao banalismo da violência. Em que hoje, temos a televisão como exemplo, ao insensibilizar os olhos do espectador, transformando tragédias em merismos corriqueiros. Teria ele, antecipado o nosso cenário, com sua chamada POP ART?


Isso acontece em diversas obras, como nas suas clássicas Merlyns Moroes (“Marlyn Monroe, 1967”). Que representaram 10 telas, serigrafadas, luxuoooosas, e que valem mais de 3 milhoes de dólares. Nas telas “Little Eletric Chair (1964/65)” onde quatro desenhos idênticos representam pequenas cadeiras elétricas, provocando uma sensação macabra de flime de terror.

Dentro de uma das salas, as paredes inteiras cobertas com lambe-lambes de sua obra “Cow (1966)”, portando telas serigrafadas de “Mao Tse Tung”, e “Mao Tse Tung Campbell’s”.
Na mesma sala, uma foto me agradou: a “Foice e o Martelo”, uma composição com objetos reais ao tema do comunismo. Na mesma sala. Coincidência?



Atrás desse ambiente outro clássico: “Campbell’s Soup (1969)”. Dez telas projetadas em serigrafia sobre papel, cada uma com um sabor diferente... o máximo!
“Marlon (1966)” também estava suntoso em uma serigrafia em linho, de 1,5 por 2 metros de altura. Além de Marlon Brando, também estavam por lá, Madonna, Tio Sam, Truman Capote, o homem na lua, entre outros.


Dos filmes, vi apenas um. O longa “Boquete”, filmado em 16mm/preto e branco, que por mais de 40 minutos explora a face do receptor do agrado sexual. Mensagem? “A fonte dos problemas das pessoas são suas fantasias”. O que quer dizer? Descubra você mesmo!


A única coisa que eu não me conformo é de não poder tirar uma fotinha pra guardar de recordação, nem uminha!! Então, tive que comprar um bloco suvenir... hihihi...



A exposição fica em cartaz até 23 de maio e é inédita no Brasil. Vale a pena conferir!!!

3 comentários:

Santa Insolência disse...

Puta merda! também quero ir!

Tiago Éric de Abreu disse...

sabiamente insana!
como diz o poeta "só os loucos em certeza"
não aprecio Andrej Warhalla (nome de nascença de Warhol)...
ele é expressão da indústria cultural
king Crimson canta: "se warhol é um gênio/o que sou eu?/um esparadrapo no pênis de um alienígena"

Anandha Correia disse...

eu me rendiii à indústria cultural... aliás, é um livro pendente meu, do autor Teixeira Coelho... parei na metade, preciso continuar...

Arco e Lira, adooro quando alguém possivelmente não concorda com meus gostos ou textos, portanto, volte sempre que puder para analisar por aqui!

Abraços a todos!!