sábado, janeiro 01, 2011

Abra o texto


Abra o texto e me diga em que texto estou. Permita-me questionamentos sobre o que escrevo sem saber. Desejo o sabor da representação ao domínio da loucura. Quero que minhas histórias sejam a paráfrase dos meus encabeçamentos para a vida toda.

As histórias dos meus diários valerão à pena. Eu existo. E quem existe? Os quem sabem falar com a propriedade de ter vivido várias vidas ao mesmo tempo. Os que sozinhos conquistaram triunfo, e que unidos perderam a fé.

Abra o texto e verá que ele é visivelmente diferente para os que enxergam em opostos de uma única página. Perceba que, a vida nunca mais será igual. A partir de agora. Deixe o blues entrar no seu coração e verás que as idéias ruins serão apenas planos bobos diante de tantos planos musicais feitos em torno da tristeza.

Perceba que nenhuma sensação será como a mesma, e que o arrependimento pode ser útil, as horas podem ser válidas e os pequenos passos, serão a trilha do gigante.

Abra o texto e tente não sentir nada. Leia correndo, absorva e faça das palavras seu livro de desenho. Será como pintar cores sem sentido. Que eu volte a ter oito anos... e me encante com giz de cera..

E volte, pois seu corpo já não será mais o mesmo. Entregar-se. Viver. Essa é a sensação impune de quem não sabe de nada. Vira e mexe. Mas continua andando em círculos... pois a subjetividade da loucura é ainda maior do que alterar estados de espíritos.

Abra o texto e tente decifrar seus próprios devaneios em comunhão de pensamento. Jogue longe o motivo e descarregue. E é assim, que nós costumamos viver.

Feche o livro e se sentirá sozinho.

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