A gente se pega pensando besteira... imaginando coisas, e de repente vê que nada passou de mais uma peça, uma armação. A gente acha que vai tudo indo certo, mas se decepciona, sente medo.
Acha que teve outra chance mas não teve nada... foi mera distração.
A gente se apega em bobagens, mas começa achando que foi importante. Começa destemida, achando que tem tudo sob controle, mas do nada, o temor, o suor, o pensamento ruim invade a alma, o corpo, os olhos, o coração.
A gente imagina coisas. A pricípio boas. No decorrer hipóteses. No fim, péssimas.
Mulheres e suas encanações. Mulheres e seus apegos.
Meninas e o medo do escuro. Mulheres e o medo da solidão.
Meninas têm brinquedos. Mulheres viram brinquedos.........
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Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus
ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível dos teus passos eternamente
Fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação
Das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de
Carícias
E só te pede que repouses quieta, muito quieta
E deixe que as mãos cálidas da noite encontrem sem
Fatalidade o olhar extático da aurora.
Vinicius de Morais
quarta-feira, outubro 08, 2008
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Um comentário:
Na verdade eu acho que os brinquedos é que deveriam separar as meninas da mulheres. Quando cansássemos de brincar com eles, deveríamos nos divertir com os homens e não ser o brinquedo deles. Pena que nem sempre é assim e acabamos por regredir.
Bjos.
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