quinta-feira, dezembro 18, 2008

Atendendo pedido

Confirmo para todos: sim, sou a próxima Jesus Cristo. Existem coisas que só acontecem comigo. SÓ COMIGO. Tudo bem... ser atropelado hoje em dia é super normal. Quando se está bêbado então nem se fala.
Mas o que aconteceu comigo dessa vez foi mais que uma fatalidade! Eu viajei mais de 300 km, para ficar duas horas dentro de um ônibus lotado em São Paulo, e ser atropelada.

Aconteceu assim...
Cheguei em Sampa City no naipe. Fui visitar um brother meu. Conheci a irmã dele, e propus uma ceva em algum lugar charmoso na capital do concreto. Eu propus a ceva, ela propôs a Avenida Paulista. Fechado!
Mas tudo começou a ficar esquisito quando eu lembrei que não estava em Ribeirão. E que para chegar na Paulista seria um lamurio. Sim, foi cruel. Duas horas dentro do busão.
Mas finalmente chegamos à Paulista. A terceira avenida mais importante da América Latina.

Descemos, e saímos andando. O frenesi paulistano me contagiou! Uma beleza! Cara, eu estava em São Paulo indo tomar uma cerveja. Uau.
Disse a ela: - Puxa não posso causar aqui porque não tenho minhas amigas para correrem atrás de mim. (essa frase remete as várias vezes em que saltei do carro em movimento, e alguma santa amiga saiu correndo para me salvar).
Aí ela disse: - Eu corro! Hahahaha.
Mas eu falava sério. E ela, talvez não.

Bem, seguimos em frente. De repente ela parou e cogitou um McDonalds. Mas não somente isso. Ela pagaria o fast food. Opa! Demorim! Vamos nessa. E então, demos meia volta. A culpa foi da meia volta.

Paramos na faixa de PEDESTRE. Ta.. eu confesso, o sinal estava vermelho pra mim, mas os carros estavam parados. Decidi atravessar. E junto comigo foram mais pessoas. No entanto, numa crise caipira ribeirãopretana, num determinado ponto da faixa eu comecei a correr... aí do nada eis que surgem quem???????? O MOTOBÓI! Sim, moto-boy com a letra “I” mesmo, tipo, o marido da vaca.

O fdp, me lançou, e eu voei que nem o Chuck Norris – Jack Chan. Foi bizarro. Bizarro, porque eu voei, cai, fiquei 5 segundos no chão, peguei meus óculos no meio da pista e sai andando. Nisso o desgramado já tinha batido num outro carro. Levantou-se e começou a correr atrás da gente, querendo acertar contas do carro da pessoa. Disse que ia chamar a polícia. Eu mandei chamar. Mas nessa hora, sai correndo e tentei 4 táxis. Todos fechados. Ultima esperança... encontrei um táxi, entrei olhei pro caboclo e disse:
- Dá um pião! Dá um pião! – E ele, deu um pião. Não desses de criança, mas um pião de verdade. Uma verdadeira volta em Sampa.

Verdadeira 157!
Verdadeira marginal!
Verdadeira toscona!
Verdadeira bonecão do posto.

Consegui sair mais ou menos ilesa. Se não fosse por um mais que roxo na perna. Por que além de roxo, tem verde, vermelho, rosa, marrom, amarelo e azul. Ta feio. Daqui há dez anos quem sabe eu possa voltar a usar saias.

E assim, aconteceu essa epopéia. Em que eu gastei uma grana (fodida) de táxi, não tomei uma ceva na Paulista, fui atropelada, não comi no Mc, mas tive uma história pra contar pros caipira quando chegasse.
E agora eu vivo um frenesi. Sou conhecida como a menina atropelada na Paulista. Aqui em Ribeirão todos querem autógrafos, fotos e calcinhas.

Obs: essa história é baseada em fatos que podem ou não ser reais. Se você for o MOTOBÓI ou o dono do carro, ela é inventada, uma balela, eu fumei orégano e inventei tudo isso.
Se não for nenhum desses indivíduos, a história realmente aconteceu, e estou arrecadando fundos pra Instituição dos Caipiras Atropelados na Paulista (ICAP). É só escanear um cheque/cartão/dinheiro/vale-transporte/ticket e me mandar por e-mail.

Um comentário:

Marcos disse...

hahahahahaha
adorei
eu tb teria fugido de taxi.